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Jardim terapêutico do Hospital Regional de Castanhal transforma cuidados hospitalares em momentos de leveza e acolhimento

A atividade, realizada semanalmente, é considerada pela equipe de reabilitação como uma extensão dos cuidados hospitalares, promovendo bem-estar físico, emocional e social

Por Ascom (Governo do Pará)
02/06/2025 16h28

Sorrisos, gargalhadas e momentos de leveza tomam conta das manhãs de quarta-feira no Hospital Regional Público de Castanhal (HRPC). É quando acontece o Jardim Terapêutico, um projeto desenvolvido pela equipe de reabilitação em parceria com profissionais de psicologia, serviço social, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional. A proposta é simples e poderosa: oferecer uma terapia humanizada ao ar livre, capaz de acolher não apenas os pacientes, mas também seus acompanhantes.

A atividade, realizada semanalmente, é considerada pela equipe de reabilitação como uma extensão dos cuidados hospitalares, promovendo bem-estar físico, emocional e social. Para a coordenadora da reabilitação, Monique Aleixo, o Jardim Terapêutico vai além do protocolo clínico.

“A verdadeira reabilitação não acontece apenas com equipamentos ou procedimentos técnicos — ela floresce no vínculo, no acolhimento e na escuta. A terapia ao ar livre é uma forma de tratar o corpo com ciência e a pessoa com empatia. Fora do ambiente clínico, o paciente deixa de ser visto apenas pela sua condição de saúde e passa a ser enxergado por completo: com sua história, seus medos, suas vontades e seus potenciais”, destaca.

Para participar da atividade, os pacientes precisam estar em condições clínicas estáveis e com exames laboratoriais dentro da normalidade, como explica a fisioterapeuta Emille Rodrigues. “É importante garantir que estejam bem para evitar qualquer intercorrência durante as atividades, mesmo com toda a estrutura de apoio. Muitos pacientes com longos períodos de internação acabam perdendo a noção do tempo, enfrentam ansiedade e alterações cognitivas. No Jardim, eles têm a chance de interagir, se movimentar, pegar sol e retomar o vínculo social. É um momento de estímulo ao corpo e à mente.”

Mais do que reabilitação física, o Jardim Terapêutico oferece afeto, restaura a confiança e ajuda os pacientes a se sentirem vivos, valorizados e parte de algo maior. É o caso da paciente Gilcilene Sousa Silva, de 54 anos, dona de casa do município de Capanema. Internada no HRPC desde o início de maio para investigação diagnóstica, ela conta que as manhãs no Jardim se tornaram momentos muito especiais. “Eu me sinto muito bem. Já é a terceira vez que participo. É muito bom sair do leito, descer, caminhar, pegar sol e me exercitar”, conta, sorrindo.

Quem também aprova a iniciativa é sua irmã e acompanhante, Live Gomes, que participa das atividades ao lado de Gilcilene. “Achei incrível o trabalho da equipe de fisioterapia do HRPC. Sou uma grande defensora do SUS, principalmente quando vejo iniciativas como essa, que oferecem um cuidado tão humanizado e diferenciado aos pacientes”, afirma.

Com o Jardim Terapêutico, o HRPC reforça que a saúde vai além da cura física. Ela também floresce no acolhimento, no movimento e no calor do sol.

A diretora-geral do HRPC, Patrícia Hermes, destaca a importância do projeto Jardim Terapêutico. “Ações como esta reafirmam o compromisso do hospital em proporcionar uma boa experiência aos pacientes, tornando o ambiente mais leve e humanizado”, observou.

Texto: Patrícia Baía - Ascom/HRPC