‘Luz na Infância’ prende seis acusados em Belém e Ananindeua
Seis pessoas foram presas em flagrante nesta sexta-feira (20) em Belém e Ananindeua (municípios da Região Metropolitana), acusadas de crime de pedofilia. Todas foram encaminhadas à tarde, à Central de Triagem Metropolitana II, localizada em Ananindeua. Foram cumpridos ainda mandados nos municípios de Santarém, Breves e Altamira, onde foram apreendidos computadores e outros equipamentos.
As informações são resultantes da megaoperação “Luz na Infância”, deflagrada pela Polícia Civil do Pará e de mais 23 Estados, em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança Pública e Ministério da Justiça (Senasp/MJ).
As ações foram informadas à imprensa em entrevista coletiva no início da tarde, na sede da Delegacia-Geral de Polícia Civil, no Bairro de Nazaré. Participaram da coletiva o delegado-geral Rilmar Firmino; a delegada adjunta Christiane Ferreira; os diretores de Polícia Especializada, Claudio Galeno, e da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos, Vanessa Lee, e o diretor do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves", Silvio Conceição.
“O objetivo maior é a repressão, mas também é um alerta de prevenção às famílias. Sabemos que esses criminosos têm um perfil diferente do criminoso de 'rotina'. Eles estão muito atentos ao comportamento de crianças e adolescentes na relação com a internet, com as redes sociais. Eles acabam atraindo e conseguindo imagens, fotos, vídeos, aliciam os menores”, destacou o delegado-geral Rilmar Firmino, ressaltando o trabalho dos peritos. “A perícia é de suma importância, pois vai presenciar, no local, a situação do crime”, acrescentou.
Crimes - Os nomes dos acusados não foram divulgados, pois os processos estão em segredo de justiça. Eles responderão com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 11.829/2008, nos artigos 241.A (compartilhamento de fotos e vídeos com cenas de sexo explícito ou pornográfica de crianças e adolescentes) e 241.B (armazenamento de fotos e vídeos com cenas de sexo explícito ou pornográfica de crianças e adolescentes). No caso do artigo 214.A, a pena varia de 3 a 6 anos de reclusão, e o 214.B, de 1 a 4 anos.
De acordo com a Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão para cumprimento em Belém, Ananindeua, Breves, Santarém e Altamira. No Pará, a megaoperação nacional reuniu cerca de 60 agentes, sendo 54 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães) e 16 peritos criminais (sendo oito auxiliares), além de equipe do Grupamento Aéreo (Graesp), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
“O balanço é positivo, considerando que os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves acompanharam a equipe de policiais para fazer a perícia do local do crime informático e constatar o material de conteúdo pornográfico. Assim, conseguimos constatar muito material que serão submetidos à perícia”, informou a delegada Vanessa Lee, acrescentando que “esse criminoso não possui uma cara, e pode estar em qualquer lugar, tanto que tivemos presos em (bairros) Nazaré, Marambaia, Cidade Nova, Castanheira...”
Perícia - Pen drives, HD externo e computadores, além de CDs, celulares, notebooks, tablets, cartão de memória do play e até uma arma de fogo serão periciados no CPC “Renato Chaves”, a partir da próxima terça-feira (24).
Sobre as ações dos peritos, o diretor do Instituto de Criminalística do CPC, Silvio Conceição, disse que “fizemos um estudo em cima dos nove ‘alvos’ que foram demandados pela Polícia Civil e encontramos seis flagrantes. Nos demais, encontramos material que serão periciados nos próximos dias”.
