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Pará é referência nacional no atendimento a pacientes com fissuras labiopalatais

Resolução estadual de 2024 estruturou atendimento descentralizado, humanizado e multiprofissional em diferentes regiões do Estado

Por Bianca Botelho (SESPA)
09/05/2025 18h27

O cuidado integral a pessoas com fissura labiopalatina já é uma realidade consolidada no Pará. Ainda em 2024, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) publicou a Resolução nº 117/2024, que estabeleceu oficialmente o fluxo de atendimento e a linha de cuidado para esses pacientes. A medida fortaleceu a descentralização dos serviços e garantiu acolhimento especializado e multiprofissional em diferentes regiões do Estado, aproximando o atendimento das famílias paraenses.

Para a coordenadora estadual de Saúde Bucal, Alessandra Amaral, o cuidado com pacientes fissurados representa mais do que um avanço técnico. “Garantir um atendimento integral a pacientes fissurados é mais do que uma ação de saúde; é uma demonstração de respeito à dignidade dessas pessoas. Trabalhamos para assegurar não apenas o acesso à cirurgia, mas a todo um processo que envolve acolhimento, escuta odontologia, fonoaudiologia, nutrição e apoio psicológico. Isso é cuidado de verdade”, diz Alessandra Amaral.

O cuidado com pacientes fissurados é uma demonstração de respeito à dignidade humana

Sintonia - A política estadual está em sintonia com a nova diretriz nacional, lançada recentemente pelo Ministério da Saúde, reforçando o compromisso compartilhado com o avanço da atenção especializada. No Pará, a rede de atendimento já vem sendo consolidada por meio de unidades, como a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), referência habilitada desde 2018, além dos hospitais regionais de Santarém (HRBA), do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, do Araguaia, em Redenção, todos com capacidade para realizar cirurgias e acompanhar os casos com equipes especializadas.

Segundo a secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Gadelha Vaz, “desde o ano passado conseguimos implantar um fluxo estruturado, com atendimento em regiões estratégicas, e isso nos traz hoje a satisfação de ver o nosso trabalho reconhecido nacionalmente. Ficamos muito felizes por contribuir com esse avanço coletivo, e pelo cuidado com essas crianças e suas famílias.”

Atendimento humanizado - Outro diferencial importante é a parceria da Sespa com o Instituto Sorriso Legal, que há mais de 30 anos atua no cuidado a pacientes com fissuras labiopalatais. Por meio dessa atuação integrada, o Pará foi selecionado entre os cinco finalistas de uma premiação nacional que reconhece boas práticas no SUS (Sistema Único de Saúde), com destaque para o atendimento humanizado e de excelência.

Em 2024, a Sespa realizou 608 cirurgias de correção de fissuras labiopalatais na rede estadual. Em 2025, já foram contabilizados cerca de 200 procedimentos, todos viabilizados a partir do atendimento inicial na rede municipal de saúde. Os pacientes com suspeita ou diagnóstico de fissura passam por avaliação em unidades básicas de saúde do próprio município. A partir dessa triagem, são encaminhados para os serviços de referência credenciados no Estado. Nessas unidades, o cuidado é oferecido por equipes multiprofissionais com atuação integrada, envolvendo cirurgia plástica, odontologia, fonoaudiologia, nutrição e apoio psicológico, e garantindo um acompanhamento completo e humanizado em todas as fases do tratamento.

Diagnóstico - As fissuras labiopalatinas são uma malformação congênita que pode comprometer o lábio, o palato (céu da boca) ou ambos, afetando fala, alimentação e autoestima. O diagnóstico pode ser feito ainda na gestação, e o tratamento adequado envolve equipes multiprofissionais, atuando de forma contínua e integrada.

Com organização, compromisso e sensibilidade, a Sespa reafirma seu protagonismo na construção de uma rede pública de saúde cada vez mais inclusiva, regionalizada e humanizada.