Palestra reúne profissionais da área cultural para debater sobre patrimônios
Na noite desta sexta-feira (11), o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), em parceria com o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea), da Universidade Federal do Pará (UFPA), realizou a palestra "Olhares sobre o Patrimônio Cultural e a Cidade", no auditório do Naea, em Belém.
O encontro integra as atividades do Programa de Educação Patrimonial “Diálogos com o Patrimônio: Valorizando Memórias e Construindo a Cidadania Cultural”. Os palestrantes discutiram sobre os usos do patrimônio cultural nas cidades contemporâneas, como o turístico, o museal e o educacional.
O professor e turismólogo Silvio Figueredo e a diretora do Sistema Integrado de Museus e memoriais (SIM/Secult) apresentaram conceitos, estudos, pesquisas e suas próprias experiências com a educação patrimonial, em cidades Serra Pelada (PA), Havana (Cuba), Goiânia (GO) e Kathmandu (Nepal), relacionando com as questões patrimoniais de Belém.
Silvio Figueredo abordou o tema sob o olhar acadêmico, a partir de teóricos como Antonio Gramsci, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Néstor García Canclini. A ideia foi enxergar a cultura como elemento chave nas discussões sobre patrimônio público. “A referência cultural é bem vinda para entender o que é patrimônio”, afirma o professor. Mariana Sampaio ressaltou que patrimônio também está relacionado com memória, com disputas de poder e de representação.
O debate reuniu profissionais da área cultural e demais pessoas interessadas em patrimônio cultural. “A palestra foi muito boa, precisamos ter esse envolvimento entre profissionais da área e a comunidade, a gente precisa conhecer nosso patrimônio, para poder cuidar dele”, afirmou Priscila Vale, estudante de pós-graduação em Patrimônio Cultural.
A diretora do DPHAC, Thaís Toscano, diz que esta edição do programa “Diálogos com o Patrimônio” foi proveitosa e gerou grandes discussões entre os palestrantes e a plateia. “O ‘Diálogos’ é um projeto bem sucedido, de educação patrimonial, e no meu ponto de vista é através dela que as pessoas se sensibilizam a este assunto. Os ouvintes interagiram e tiraram muitas dúvidas”, analisou.
