Rede estadual terá Plano de Educação Integral
O Instituto de Educação do Pará (IEP), no bairro da Campina, recebeu, nesta segunda-feira, 14, a abertura do Circuito de Debates voltado para a construção do Plano de Educação Integral da Educação Básica da Rede Estadual. Cerca de 100 profissionais de Educação de escolas estaduais da Região Metropolitana de Belém (RMB) participaram da programação. A intenção da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) é concluir a elaboração do Plano até dezembro, mediante a participação de gestores e professores de escolas do interior do Estado.
A rede estadual conta com 15 escolas com educação integral e, em 2016, deverá passar a reunir 25 unidades escolares com esta prática, com a adesão de dez unidades, a partir do Plano em elaboração. A diretora de Educação Infantil e Fundamental da Seduc, Marizete Martins, destacou que participam do Circuito de Debates profissionais de escolas que já atuam com educação integral e de escolas que pretendem implantar esta sistemática.
“A escola integral é uma opção para que a gente possa concretizar a permanência do nosso aluno em uma jornada maior dentro da escola, com maior qualidade, com mais atividades e possibilidades de sucesso escolar”, observou Marizete Martins.
As 15 escolas públicas estaduais com educação integral distribuem-se em Belém, Ananindeua, Marituba e Capanema. “A ideia é expandir para outros municípios”, assinalou a diretora, ao ressaltar que a implantação da educação integral requer uma mudança estrutural no funcionamento da escola. Esta mudança envolve currículo, estruturação física e outros aspectos.
Na programação, que prosseguirá até esta terça-feira, 15, a banda No Ponto, formada por estudantes da Escola Estadual Eneida de Moraes, do bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, se apresentou aos educadores. O funcionamento deste projeto musical na escola é reforçado pela proposta de educação integral, em nove horas de atividades dos alunos nas escolas, no turno e contraturno, abrangendo o Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Gostar da escola - Alguns gestores escolares, entre eles a coordenadora pedagógica da Escola Estadual Benjamin Constant, Ana Carolina Pinto, e a diretora Márcia Lopes, atestam a importância do esforço da Secretaria de Educação e das comunidades escolares em desenvolver essa temática.
“Como parte da educação integral, também trabalhamos com a saúde, esporte e lazer. Dessas atividades participam 300 alunos do Ensino Fundamental, na faixa etária de 10 a 16 anos. Eles entram na escola às 7h30, no decorrer do dia eles têm atividades curriculares e à tarde têm, no contraturno, as oficinas de dança, modalidades esportivas, arte e cultura”, informou Ana Carolina.
“O aluno passa a gostar da escola. Ele não falta às aulas”, destacou a pedagoga. A educação integral é incentivada nas escolas estaduais por meio do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) que propõe novas metodologias e novos aspectos nos currículos escolares.
Desempenho - A discussão sobre a carga horária estendida, currículos e atividades extraclasse será debatida em outras regiões do Estado, como salientou a diretora de Ensino Médio e Educação Profissional da Seduc, Clara Yunes. “O desenho que se faz aqui em Belém não é definitivo. São as boas práticas em discussão, para que se possa aprimorar o trabalho, ouvindo as regiões para, depois, se formatar o geral. Até dezembro esperamos estar com tudo isso traçado”, afirmou Clara.
A elaboração do Plano de Educação Integral é acompanhada pelo secretário de Estado de Educação, Helenilson Pontes; pela secretária adjunta de Ensino, Ana Cláudia Hage, e membros do Conselho Estadual de Educação (CEE).
