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Militares participam de curso que detalha a preservação da cena do crime

Por Redação - Agência PA (SECOM)
15/09/2015 14h42

A preservação do local de crime, procedimento fundamental para a investigação policial, é tema de um curso iniciado, nesta terça-feira, 15, na Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Belém, onde estão reunidos policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, guardas municipais e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ao longo do dia e também nesta quarta-feira, 16, o curso contará com aulas teóricas e práticas de isolamento de cena de crime. Na quarta-feira, a partir de 15 horas, os alunos irão participar de uma simulação de local de crime, na Delegacia-Geral.

O curso é promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça. O treinamento, explica a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Christiane Ferreira, visa padronizar os procedimentos adotados para preservação do local de crime. Ela ressalta que é fundamental se estabelecer a padronização do atendimento às ocorrências para evitar prejuízos quanto ao trabalho policial e pericial no local de crime, visando a preservação e isolamento, a investigação preliminar desenvolvida e a coleta de vestígios e de impressões digitais.

Durante o curso, os agentes públicos recebem orientações gerais sobre noções de perícia em local de crime, com o perito criminal José dos Santos Cordeiro, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves; técnicas de preservação e isolamento de local de crime, proferida pelo capitão PM Mário José Martins Junior; investigação preliminar e providências preliminares em local de crime, pelo investigador da Polícia Civil Afonso Rodrigues, e relacionamento com a mídia, com a delegada da Polícia Civil Maria Lúcia Santos. 

De acordo com o capitão Mário Junior, se houver falhas na preservação da cena do crime e o isolamento não for bem feito, a investigação policial poderá ser prejudicada. "O local do crime pode ter elementos que podem dar subsídio para a investigação e assim a falha no isolamento pode comprometer a coleta de vestígios", detalha. Ele salienta que a população, muitas vezes, por falta de conhecimento, entra no local do crime, gerando a chamada contaminação das provas. 

O perito criminal José Cordeiro ressalta que o local do crime não é só onde o crime ocorreu, mas também todos os espaços físicos, anteriores e posteriores ao crime, nos quais estiveram os criminosos. "Nesses locais é possível se encontrar vestígios, como manchas de sangue, e objetos latentes, como fios de cabelos e pedaços de tecidos", detalha.