Projeto Quelônios do Sudeste do Pará solta mais de 7 mil animais na APA Lago de Tucuruí
Ação desenvolvida pela Unifesspa, em parceria com Ideflor-Bio, Fundação Zoobotânica de Marabá e Eletrobrás-Eletronorte, devolveu à natureza filhotes de tartarugas-da-amazôniae tracajás
Mais de 7 mil quelônios já foram reintroduzidos à natureza, em 2025, graças ao Projeto Quelônios do Sudeste do Pará. As ações ocorrem em diversos pontos da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago de Tucuruí, uma das 29 Unidades de Conservação (UCs) gerenciadas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). Entre as principais espécies reintegradas ao ambiente natural estão as tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) e tracajás (Podocnemis unifilis).

As solturas foram conduzidas pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com apoio da Fundação Zoobotânica de Marabá e Eletrobrás-Eletronorte, além da parceria com o Ideflor-Bio, por meio da Gerência da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí. A iniciativa promove a revitalização das populações de animais aquáticos afetados pelas mudanças climáticas.
Apenas neste ano foram soltos mais de 2.200 tracajás e 5.200 filhotes de tartarugas-da-amazônia. As solturas ocorrem nas comunidades de Vila Santo Antoninho, Saúde e Tauiry, no município de Itupiranga, sudeste paraense.

Esforços - De acordo com a coordenadora das ações do projeto, Cristiane Cunha, a soltura reforça a recuperação dessas espécies e ajuda na conscientização sobre preservação ambiental. “Recuperar estas espécies no Lago de Tucuruí significa melhorar a qualidade do ambiente aquático, pois os quelônios são importantes para o equilíbrio ambiental e auxiliam na limpeza do rio, além de fazerem parte da cadeia alimentar de outros animais”, destacou.

A titular da Gerência da Região Administrativa do Mosaico, Keylah Borges, ressaltou que entre os anos de 2024 e 2025 foram soltos mais de 19 mil filhotes de ambas as espécies na região. “Isso reflete a importância do projeto. As solturas são momentos muitos bonitos e importantes, pois nestes eventos comemorativos os comunitários, e principalmente as crianças, puderam participar de atividades de educação ambiental com a equipe do projeto e realizaram a soltura dos filhotinhos no lago”, acrescentou.
Texto: Sinval Farias - com supervisão de Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)