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Escutas públicas fortalecem candidatura dos Teatros da Amazônia a Patrimônio da Unesco

As oficinas fazem parte do processo de escuta e troca com a sociedade para fortalecer a candidatura

Por Amanda Engelke (SECULT)
05/08/2025 19h22

Nesta terça-feira (5), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu, em Belém, seis oficinas que integram o processo de candidatura dos Teatros da Amazônia: Theatro da Paz (PA) e Teatro Amazonas (AM) — a Patrimônio Mundial da Unesco. A ação ocorreu no Centro de Ensino Superior do Pará (Cesupa).

As escutas sociais são parte do processo de elaboração do Plano de Gestão dos Teatros da Amazônia e foram coordenadas pelas superintendências do Iphan no Pará e no Amazonas, em parceria com as secretarias de Cultura estaduais e municipais.

Pela manhã, foram realizadas três oficinas: de formação e educação patrimonial; de turismo, economia criativa, percepção e apropriação cultural; e de espetáculo. Na parte da tarde, outras três: de conservação; de arquivo, museu e história; e de cidade, paisagem e complexo de praças do entorno.

Durante a programação, a superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos, destacou a importância da participação do público nesta etapa da candidatura.“Estamos na fase de escuta popular. São as oficinas para a construção do programa de gestão dos Teatros da Amazônia, e ouvir as pessoas é fundamental. Nós tivemos mais de 250 inscrições. Tem sido uma construção muito boa, e vieram muitas pessoas para nos ajudar com toda essa estruturação. Tenho certeza de que nós vamos sair daqui com um dos melhores programas de gestão para encaminharmos à Unesco”, avaliou a superintendente.

Pela tarde, a oficina de conservação foi a mais procurada. “Quando a gente fala de conservação, existe a física, mas existe também o que a gente entende como conservação por planejamento. Então, o plano de gestão e manutenção do teatro. Tudo isso que foi discutido e abordado nessa oficina vai somando para, mais à frente, conseguirmos efetivar o plano de gestão do Theatro da Paz, que vai abraçar tudo isso que surgiu dentro desses diálogos”, ressaltou Rebeca Ribeiro, uma das ministrantes da oficina e diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC), vinculado à Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

O aluno do curso de Conservação e Restauro da Universidade Federal do Pará (UFPA), Wesley Rodrigues, participou de duas oficinas — pela manhã, a de formação e educação patrimonial, e, à tarde, a de conservação. “Achei que foi bem conduzido, desde a divisão até a explanação inicial, para que todo mundo tivesse entendimento da situação atual, do fundamento do processo e, em seguida, do direcionamento das oficinas para cada grupo que iria atuar e de como os debates seriam feitos”, afirmou o estudante.

Wesley concluiu falando sobre seu interesse pelo tema. “Eu participei por conta da minha área de atuação, de conservação e restauro, mas também porque acho que, como morador de Belém, como uma pessoa preocupada com essa questão do patrimônio, eu também poderia dar uma contribuição para o restante da candidatura e, possivelmente, para a consagração, de fato, como Patrimônio Mundial”.

Além de Belém, Manaus (AM) também recebeu oficinas nos dias 28 e 29 de julho.

A candidatura dos Teatros da Amazônia segue em fase de avaliação. A próxima etapa será a visita técnica do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), órgão consultivo da Unesco, que realizará vistorias presenciais nos dois teatros indicados.

Texto: Juliana Amaral / Ascom Secult