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No Hospital Octávio Lobo, campanha de doação de sangue reforça solidariedade no tratamento de crianças com câncer

Em parceria com a Fundação Hemopa e Defensoria Pública do Estado, ação sensibilizou doadores quanto a importância do recurso para dos usuários da unidade de saúde do Pará

Por Governo do Pará (SECOM)
25/04/2025 20h03

Nesta sexta-feira (25), voluntários compareceram ao Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, para participar de mais uma campanha de doação de sangue da unidade. A ação, promovida em parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) e Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE-PA), arrecadou 79 bolsas, que podem beneficiar até 316 pessoas.

Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. Na unidade, gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), 968 pacientes estão em tratamento e 1313 seguem em acompanhamento. São crianças e adolescentes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Colaboradores, voluntários, pacientes e acompanhantes participaram da programação

“É motivo de orgulho para todos nós contar com a parceria da Fundação Hemopa, da Defensoria Pública do Estado e de tantos voluntários em mais uma campanha de doação de sangue no Oncológico Infantil. Garantir o suporte transfusional necessário aos pacientes é um compromisso coletivo. Por isso, não medimos esforços para mobilizar, conscientizar e sensibilizar o maior número possível de pessoas a cada edição”, afirmou a diretora-geral da unidade, Sara Castro.

A assistente social Camila Medina, da Gerência de Captação de Doadores da Fundação Hemopa, reitera que as campanhas, realizadas em parceria com diversas instituições, incentivam tanto as doações pontuais como contribuem para a convergência de voluntários em doadores recorrentes.

Óvos de Páscoa foram distribuídos durante a ação

“A programação do Hoiol é sempre impecável. As atrações mobilizam o público e nos ajudam na socialização de informações, que são importantes para a efetividade das ações. Sensibilizamos doadores para que também sejam regulares e nos ajudem a atender a uma demanda crescente por sangue. Para tanto, no Brasil, recomenda-se que os homens doem sangue a cada 60 dias, e as mulheres a cada 90 dias”, afirmou Camila.

Colaboradora da unidade, a analista da Qualidade Jade Durans é doadora regular e elogiou a estrutura montada em frente à instituição. “A equipe do Hemopa é sempre muito atenciosa. Além disso, gostei muito da parceria com a Defensoria Pública e aproveitei para emitir minha identidade e também para doar. Afinal, doar é uma forma simples e concreta de salvar vidas”, disse.

Parceria - A campanha do Hoiol contou pela primeira vez com a participação da DPE-PA, por meio do programa Balcão de Direitos. Segundo Luiz Farias, coordenador de ações do programa, a iniciativa tem sido fundamental para ampliar o acesso da população a serviços essenciais, como emissão de RG, CPF, carteira de trabalho, atualização de título de eleitor e orientações jurídicas.

Além de atender pacientes, acompanhantes e colaboradores da unidade, os atendimentos beneficiaram também transeuntes sensibilizados pela campanha. “É uma ação importante que une cidadania e solidariedade. A Defensoria Pública do Estado está sempre à disposição para contribuir com iniciativas como esta”, afirmou Farias, destacando que a emissão de registro geral foi o serviço mais procurado nos atendimentos prestados.

Demanda - O biomédico da agência transfusional do Hoiol, Matheus Bernardes, explica que a unidade realiza, em média, 400 transfusões de hemocomponentes por mês, considerando concentrado de hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. “Esse consumo está diretamente relacionado à alta demanda transfusional dos pacientes oncológicos pediátricos, que muitas vezes necessitam de múltiplas transfusões ao longo do tratamento, especialmente durante os períodos de quimioterapia intensa. Esse tratamento causa a supressão da medula óssea, resultando em anemia e plaquetopenia, o que exige transfusões frequentes e criteriosas”, ressaltou.

A paciente Ingrid Pinheiro, 5 anos, foi diagnosticada com leucemia há pouco mais de 1 ano e já precisou de suporte hemoterápico. A mãe da menina, a dona de casa Márcia Silviani, reforça que as doações são fundamentais para o tratamento da filha e de outras crianças. “É emocionante ver pessoas desconhecidas se mobilizando e doando. É o que a gente entende por solidariedade. A Ingrid já precisou de transfusões e foi graças a esses doadores que minha filha se encontra bem”, disse a bragantina de 28 anos, que, embora não possa doar sangue, incentiva amigos e familiares a irem ao Hemopa.

Márcia acompanha a filha Ingrid na luta contra a leucemia

Febre, dor de cabeça, fraqueza e enjoos recorrentes foram alguns dos sintomas que fizeram a barcarenense Sandra Macedo, de 28 anos, levar a filha Sandy, 11 anos, ao médico. O diagnóstico de leucemia veio junto com a necessidade de transfusões, o que mobilizou familiares da menina. “Ela precisou de várias transfusões e agradeço a cada pessoa que doou e que doa, pois continua ajudando no tratamento dela”, afirmou a profissional de apoio a pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Diante do agradecimento externado pela mãe, Sandy compartilha sua experiência sobre o medo de agulhas e incentiva outras pessoas a superarem seus “temores” em prol daqueles que precisam de sangue. “Não precisa ter medo de doar, basta querer e pensar no bem que está fazendo. Eu tenho medo de agulha, mas pelo tratamento eu enfrento. Fecho os olhos e penso na cura”, encerrou a menina.

Animação - Em apoio às ações que garantem a cobertura hemoterápica e hematológica no Pará, grupos de artistas e voluntários reforçaram a programação da primeira campanha de doação de sangue de 2025 do Hoiol. Foram eles: Banda Halley, Banda Café Preto, Keiziane Carvalho, Mateus Duarte, Lucy, Coral da Santa Casa, DJ Ruano, Lagoinha Music Belém, Potentes do Brega, Fafa Maniva e Us Carapanãs e Paulo kamelo. Também marcaram presença: Tio Bala, Grupo Sorria da Unimed Belém e o Lobo Mau, mascote do Paysandu, que levantou a torcida bicolor presente.

Serviço: Quem não pôde comparecer ao Hoiol durante a campanha ainda pode contribuir. Basta dirigir-se a qualquer posto de coleta do Hemopa e informar o código: 1766. A doação de sangue é um processo rápido, seguro e essencial para salvar vidas. Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde e bem alimentado. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto e, no caso de menores de 18 anos, é preciso estar acompanhado por um responsável legal. Mais informações podem ser obtidas nas unidades de atendimento do Hemopa ou nos canais oficiais da Fundação.

Texto: Ellyson Ramos - Ascom Hoiol