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Fundação Santa Casa reforça importância do SUS no atendimento aos usuários da instituição

Milhares de pacientes recebem anualmente o atendimento qualificado do Sistema Único de Saúde oferecido pela Santa Casa do Pará

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
24/04/2025 13h38

A Santa Casa que é um hospital de referência materno infantil, 100% SUS,  conta com equipes multiprofissionais altamente qualificadas e engajadas para oferecer uma assistência humanizada aos pacientes. A instituição fez em 2024 um atendimento expressivo. Foram  1.271.105 atendimentos e procedimentos nos diversos setores do hospital e ambulatórios, o que reflete a capacidade institucional de ampliar o acesso dos usuários, além de otimizar os recursos. 

Nesse período, 36.495 mulheres foram atendidas na área de Urgência e Emergência Obstétrica; o hospital internou 24.143 pacientes. Foram realizados 9.274 partos (3.595 normais e 5.679 cesáreos). A área de cirurgia da Santa Casa fez 6.130 cirurgias (Adulto - 3.061 e Infantil - 3.069) e o Complexo Ambulatorial  (Ambulatório da Mulher, Pediátrico, Prematuro, Cirurgia, Fígado, Clínico e Fissurados) realizou 102.727 consultas e fez 50.098 procedimentos ambulatoriais. 

Jorgeana Rios, mãe de Lua, que é atendida pelo ambulatório de pediatria, destacou o atendimento humanizado e qualificado que ela e sua filha receberam desde a sua gestação. “Eu cheguei à Santa Casa grávida de 6 meses da Lua. Estava muito assustada, mas aqui fui surpreendida pela qualidade do atendimento de todos os profissionais. Ela nasceu prematura e também precisou ficar internada por um tempo e hoje ainda é muito bem atendida no ambulatório e em todos os serviços”. 

Elineth Valente, coordenadora do Complexo Ambulatorial da Fundação Santa Casa, reforça a importância do Sistema Único de Saúde para os milhares de usuários que buscam a Santa Casa do Pará. “O SUS é um patrimônio nacional. O maior programa de assistência governamental em saúde do mundo. A defesa do SUS também é a defesa de segurança e dignidade, em especial aos que mais necessitam de apoio social. Mas sendo universal, ele ampara o cidadão de qualquer classe social com serviços como vacinação, transplantes de órgãos, vigilância sanitária”. 

“Os serviços ofertados nos ambulatórios da Santa Casa são 100% SUS. E temos especialidades de alta complexidade sendo oferecidas. Dentre as quais o acompanhamento em Pré-Natal de Alto Risco, como referência em qualidade na região norte. Assim como cirurgias adulta e pediátrica, transplante hepático e reumatologia entre tantos outros. Outro ponto de destaque em nossos ambulatórios é o fato de ser cenário de formação, como ambulatório-escola para acadêmicos e residentes. Futuros profissionais que além da alta performance técnica recebem princípios como a defesa do SUS, além de humanização e gestão”, destaca Elineth.

O presidente da Fundação Santa Casa do Pará, Bruno Carmona, que está na gestão da instituição desde maio de 2019, destaca que o mérito do resultado no atendimento aos usuários do hospital é da equipe de trabalho. “Atualmente são 3 mil servidores aproximadamente, e a instituição que hoje tem 375 anos vai continuar por longos anos rumo ao futuro”.

“Manter esse hospital com 3.000 servidores, 515 leitos, sendo a maior maternidade pública do Norte do Brasil, uma das maiores maternidades públicas da América Latina, com acreditação ONA 3. Um hospital 100% SUS. Um hospital público por excelência. E, por ser evidentemente público, está sujeito a todas as regras de contratação e aquisição e ordenação de despesa do poder público, que repassa esses recursos do imposto de todos nós (meu e de vocês)”, destaca o gestor. 

Transplantes - Em 2024, a Santa Casa fortaleceu a rede estadual de transplantes, com a expansão do programa de transplante renal pediátrico e hepático adulto. Durante o ano foram realizados 26 transplantes, sendo 14 transplantes renais pediátricos e 12 transplantes hepáticos em adultos, ampliando o acesso a esses procedimentos essenciais para pacientes em situação crítica. 

Além disso, a instituição realizou 373 consultas pré e pós transplante e promoveu 4.486 ações relacionadas à doação e captação de órgãos, englobando capacitações, visitas de busca ativa, entrevistas com familiares e acompanhamento de doações. 

A parceria entre a Fundação Santa Casa, o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e o Ministério da Saúde através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), resultou em um projeto  que visa acompanhar o pós-cirúrgico de pacientes submetidos ao transplante com a melhora no processo de reabilitação e na qualidade de vida do paciente.

Rafael Garcia, médico responsável técnico da equipe de transplante de fígado, relata que o serviço da área hepática da Santa Casa, que funciona desde 2012, atende pacientes de todo o Pará e de alguns Estados vizinhos, principalmente do Amapá, além do Maranhão, Amazonas e do Tocantins. “Temos a única residência médica de hepato da região norte. Temos hoje formados quatro hepatologistas, que já estão fixados aqui na região. Não é alguém que vem, se forma e vai embora da região. Fomos o primeiro hospital público a realizar um transplante de fígado no Estado do Pará. Já realizamos transplantes em adolescentes e até adultos de 67 anos, a maioria homens”. 

Silvia Morgado, da coordenação do Programa de Transplante de Órgãos Sólidos do Hospital Albert Einstein vinculado ao Proadi-SUS (Programa de Apoio e Desenvolvimento do Sistema de Saúde), reforça o trabalho vinculado ao sistema nacional de transplante. “Atualmente nós temos um projeto assistencial, que é de gestão e apoio para o retorno dos pacientes transplantados para a rede. Essa parceria com o Proadi-SUS, existe desde 2009, quando realmente esse programa foi implantado pelo Ministério da Saúde. De lá para cá, o Einstein tem vários braços de projetos: em ensino, em pesquisa, em procuração de tecnologias e esse assistencial que é para a área de transplantes”.

Para Norma Assunção, diretora Técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, o trabalho relacionado ao transplante hepático, em parceria com o Hospital Albert Einstein, impacta no pós-transplante ambulatorial e internação. “O suporte pós-alta para esses pacientes e, ao mesmo tempo, absorver os novos pacientes no mesmo serviço. E o projeto dando certo, deverá ser aplicado em outros serviços”.

Proadi-SUS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) é uma aliança entre hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. Criado em 2009, seu propósito é apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. 

Importância do SUS - Publicação da Agência Gov, via Ministério da Saúde, relata que o Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição de 1988 e oficializado em 1990, representa uma das maiores conquistas da democracia do Brasil. Com os princípios de universalidade, integralidade e equidade, ele garante que milhões de brasileiros tenham acesso gratuito à saúde de qualidade.

Ao longo dos anos, o SUS se consolidou como o maior sistema público de saúde do mundo, a serviço de toda a população brasileira tornando-se uma referência internacional em vacinação, transplantes, combate a epidemias, mas, principalmente, na oferta de saúde integral, em todo o ciclo da vida, abrangendo prevenção, vigilância sanitária, assistência primária e especializada, pesquisa e educação em saúde.

Princípios:

Universalização - A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.

Equidade - O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.

Integralidade - Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.