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Estado firma convênio com empresa paraense para valorizar mão de obra carcerária

Com a parceria, Seap e a empresa que é referência no mercado visam qualificar custodiados e fortalecer a política de reinserção social

Por Governo do Pará (SECOM)
18/04/2025 08h00

Os investimentos em projetos de reinserção social de custodiados vêm sendo ampliados pelo Governo do Pará. Na quarta-feira (16), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) assinou convênio com uma empresa fornecedora de açaí, instalada no município de Castanhal (Região Metropolitana de Belém), visando à contratação de pessoas privadas de liberdade (PPL). A medida garante trabalho formal a internos do Sistema Penitenciário, ampliando a capacidade da empresa de produção e distribuição de açaí e outras frutas, e paralelamente fortalecendo as ações de ressocialização e o combate à violência.

A empresa conquistou reconhecimento mundial, levando seus produtos para mais de 30 países. Já mantém três unidades físicas no exterior.

O titular da Seap, coronel PM Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, destacou a importância do convênio. “Essa é mais uma parceria que demonstra que a Seap está impulsionando o trabalho prisional.

Estrategicamente, estamos empenhados em garantir mais oportunidades aos custodiados, gerando renda para suas famílias, qualificando essas pessoas para retornarem ao convívio social de forma harmônica, e com possibilidades de conquistar vagas no mercado de trabalho”, informou o secretário.

Cerca de 30 custodiados, selecionados na Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto de Santa Izabel do Pará (URRS), já estão trabalhando desde quarta-feira (16), nas comunidades produtivas da Petruz.

Benefícios - Para Belchior Machado, da Diretoria de Trabalho e Produção (DTP) da Seap, ao agregar internos em funções diversas na empresa é possível observar duas vertentes de benefícios, tanto para a Petruz quanto para os custodiados. “Há duas perspectivas de benefício. Primeiro, o custodiado que está tendo a oportunidade de trabalhar, de mostrar seu valor no trabalho. Outra coisa muito boa é que uma empresa, quando disponibiliza essas oportunidades, faz com que outras empresas também se interessem por essa mão de obra, que é muito produtiva, que garante muitos frutos para a empresa e resultados. A Petruz já tem sinalizado que essa mão de obra garante as metas deles, que há muito tempo não conseguem alcançar”, explicou.

Sobre a relevância de convênios para a reinserção de um custodiado, Belchior Machado acrescentou que “isso auxilia na qualificação profissional deles. Quando estão na privação de liberdade, e estão com essas oportunidades de trabalho, eles conseguem se qualificar. E quando eles retornam à sociedade, levam essa qualificação. Seja para outros tipos de trabalho, ou para outras empresas que querem contratar. O processo, dentro desse teor do trabalho, funciona dessa forma. Mas também tem um processo muito mais importante, que é o de mudança de perspectiva de vida e mudança interna, da essência do ser humano.

Fazer a diferença - Antes da seleção, os custodiados foram entrevistados por representantes da Petruz. Os internos selecionados desempenham várias funções, incluindo auxiliar de produção e eletricista.

Com esse projeto de cunho social, a empresa visa fazer a diferença no mundo. Hellen Anjos, coordenadora de Recursos Humanos da Petruz, disse que “nosso objetivo é contribuir socialmente, porque não somos só uma empresa. Queremos fazer a diferença no meio onde trabalhamos, e mundialmente também. A gente também precisa trabalhar o social. E acredito que ainda vai aumentar muito mais com isso”.

Ela informou que cerca de 50 internos ainda aguardam as entrevistas para seleção. O contrato de trabalho tem validade de um ano, e pode ser prorrogado.