Hospital Galileu completa 11 anos transformando vidas com serviços especializados

Abril é um mês especial para usuários e profissionais que atuam no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém. Unidade da rede de saúde do Governo do Pará, o "Galileu" é referência em trauma ortopédico, e neste mês completa 11 anos de funcionamento. Ao longo de mais de uma década de serviços prestados à população, a instituição registra inúmeras histórias de superação, por meio de uma assistência de qualidade, assertiva e humanizada.

A unidade de média e alta complexidade oferece seis especialidades médicas. Em sua trajetória na saúde pública, registrou 71.333 atendimentos ambulatoriais e 42.405 internações, totalizando 113.738 procedimentos a pacientes de várias regiões, sobretudo da Metropolitana de Belém.

Superação - Aos 57 anos, Sebastião Chuva Araújo, tem vários relatos de superação. No HPEG, ele está em tratamento há sete anos, ainda cuidando das sequelas do atropelamento que sofreu em 1987 na Avenida Augusto Montenegro, em Belém.

"Anos depois do acidente, graças a Deus eu fui transferido para o Galileu. Em consequência do trauma, tive uma osteomielite na perna, e a ferida não cicatrizou. Percorri muitos hospitais, mas nenhum foi como o Galileu, que tem uma assistência sem igual. A equipe é atenciosa e envolvida com o meu tratamento, a ponto de o médico dizer que, se eu tiver uma febre, eu posso procurar a unidade. E assim já aconteceu", disse Sebastião.

Ele já esteve internado por mais de 10 vezes no Hospital Galileu. Ele faz tratamento contínuo e precisa retornar ao ambulatório periodicamente. "Já fiz vários procedimentos cirúrgicos, os quais estão resultando no fechamento da ferida e na melhoria dos ossos. Eu ando normalmente, sem ajuda de cadeira de rodas ou muletas. Essa equipe é muito especial. Uma das vezes que fiquei internado, foram três meses consecutivos. E tudo foi excelente", garantiu o paciente.

Adaptação - Durante os 11 anos de funcionamento da unidade, outra história que marcou a equipe foi a de Lidiane Leocádio, que ficou internada por cinco anos e dois meses no HPEG, após ser atingida por um tiro, que a deixou tetraplégica. Ela precisava de cuidados intensivos, e recebeu assistência da equipe multiprofissional. Foi elaborado um planejamento de cuidados diários para garantir a reabilitação, não apenas da parte física, mas também a social.

Durante esse período, a unidade buscou meios para ajudar a paciente na nova realidade, e desenvolveu um suporte de leitura, criado pelo setor de manutenção, que permite a utilização de um tablet ou livro, facilitando o acesso para a paciente, que perdeu os movimentos. O equipamento foi feito com materiais reaproveitáveis, e permite o posicionamento do item à frente do rosto, sem necessidade de ajuda de outra pessoa para segurá-lo.

Desenvolvimento - Para garantir assistência de qualidade, a unidade mantém 487 profissionais, que atuam direta e indiretamente. Nesses 11 anos, o HPEG investiu na formação profissional, como ocorreu com Kennedy Pires, 32 anos. Ele, que chegou como recepcionista, participou de processo seletivo interno para líder de portaria, em 2023, e foi aprovado. Neste ano, foi promovido a supervisor de atendimento.

"O Galileu foi meu primeiro emprego, e estou aqui desde a inauguração. A cada ano, tenho aprendido muito. É satisfatório contribuir para a melhoria de cada usuário, que entra na unidade para realizar tratamento e sai recuperado", disse o profissional.

Gerência - A enfermeira Paula Jaredde também compartilha dessas conquistas. Aos 32 anos, ela já ocupa um cargo na gerência da unidade. Sua trajetória começou em 2019, como enfermeira nas unidades de internação, e vem construindo uma jornada pautada pela dedicação ao cuidado e busca constante por excelência assistencial.

"Fui aprovada em um processo seletivo para compor a equipe assistencial. Desde o primeiro momento, tive uma conexão muito forte com a missão institucional e com os valores que norteiam a qualidade do cuidado oferecido. Vi na unidade um espaço de crescimento e realização profissional", afirmou a gerente Assistencial do HPEG.

Ela atuou no centro cirúrgico e assumiu a função de enfermeira de apoio à Coordenação de Enfermagem e ao Núcleo de Educação Permanente (NEP). "Em 2021, fui promovida à coordenação do centro cirúrgico e da CME. Permaneci nessa função até 2023, quando assumi o desafio e a honra de liderar a Gerência Assistencial. A cultura da unidade valoriza o protagonismo feminino e oferece oportunidades reais de crescimento", acrescentou Paula Jaredde.

Perfil - A unidade é administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HPEG está entre os melhores hospitais do Brasil, com índices de satisfação de quase 100% e certificação ONA nível 3, acreditado com excelência, em critérios de segurança, gestão integrada dos processos e excelência em administração.

"Nossa missão é mais do que prestar assistência à saúde. É cuidar integralmente de pessoas, ou seja, de vidas. Tanto dos nossos usuários, prestando uma assistência de qualidade e assertiva, de acordo com cada necessidade, quanto dos nossos colaboradores, que fazem dessa unidade, por um longo período do dia, o seu lar, e não medem esforços para assegurar o bem-estar do próximo. Ao longo desses 11 anos, investimos no que fez sentido: vidas", resumiu Cledes Silva, diretor-executivo do HPEG.

Serviço: O Hospital Galileu oferece serviços em ortopedia, com cirurgias em fraturas de média e alta complexidade. São realizados no HPGE procedimentos em fratura diafisária da tíbia, fratura distal do antebraço e mão, osteomielite crônica e aguda. Os serviços são referenciados, ofertados via rede estadual de Regulação.

O Hospital Galileu dispõe de 104 leitos de internação e mantém o serviço de reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.

Texto: Roberta Paraense - Ascom/HPEG

Foto: Divulgação