Hospital Metropolitano atua na formação de pesquisadores em saúde na Amazônia
Principal unidade hospitalar para cuidado de traumas graves no Pará, também, forma médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outras formações profissionais

Referência no Norte no atendimento a pessoas acometidas por traumas graves, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, também atua como centro formador de pesquisadores em saúde na Amazônia.
A unidade, pertencente à rede de saúde pública do Pará, conta com o Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP), que, anualmente, por meio de processo seletivo realizado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), recebe residentes médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais para atuarem como estudantes e especialistas em formação durante dois ou quatro anos.
No hospital, além de praticarem, acompanhados por preceptores experientes em suas áreas, os pesquisadores coletam dados que subsidiam estudos científicos na área da saúde. Esses resultados podem servir como base para a implementação de novos métodos, políticas públicas ou recomendações de boas práticas para a saúde no Brasil.

Entre os trabalhos, mais recentes desenvolvidos com dados coletados no HMUE, está a tese de doutorado de Leonardo Nicolau, coordenador do DEP. O trabalho intitulado “A Discriminação de Cores em Nível de Saturação Fixa em Pacientes com Lesão Cranioencefálica em Fase Aguda”, analisou como lesões traumáticas agudas afetam a percepção visual.
“A pesquisa mostra como essas lesões alteram a percepção de cores em pacientes com traumas, em comparação a outros pacientes. Isso reforça a importância do Hospital Metropolitano para a realização de pesquisas científicas no Pará. Aqui, temos um ambiente propício para entender como a ciência pode aprimorar e contribuir para tratamentos cada vez mais eficazes”, explicou Leonardo.

Educação e saúde
Gerido pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), desde 2012, o Hospital Metropolitano desenvolve atividades de ensino e pesquisa, servindo como campo de estágio obrigatório para estudantes de instituições de ensino superior conveniadas, tanto públicas quanto privadas.
Atualmente, 168 residentes atuam no hospital, em busca do título de especialista e da coleta de dados relacionados ao perfil assistencial da unidade.
“Aliar ciência, educação e saúde é sempre o melhor caminho para o desenvolvimento de metodologias assertivas no cuidado. O compromisso do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Saúde Pública do Estado, somado à gestão dedicada do Hospital em oferecer o melhor aos pacientes, faz toda a diferença na formação dos profissionais”, destacou o profissional.