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Secult e Defensoria articulam ações para garantir acesso à cultura à população em situação de rua

A principal proposta é a criação de um Grupo de Trabalho para pensar e colocar em prática ações que ampliem essa presença nas atividades culturais promovidas pelo Estado

Por Amanda Engelke (SECULT)
01/04/2025 16h29

Garantir o acesso à cultura às pessoas em situação de rua foi o foco de uma reunião realizada nesta terça-feira (1º), no Centro Cultural Palacete Faciola, em Belém. O encontro reuniu representantes da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) e de órgãos parceiros, como a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh) e a Fundação Papa João XXIII (Funpapa).

A principal proposta é a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para pensar e colocar em prática ações que ampliem a presença da População em Situação de Rua nas atividades culturais promovidas pelo Estado. Além disso, Secult e Defensoria manifestaram interesse em integrar o Comitê Gestor Intersetorial que acompanha e monitora as políticas públicas voltadas a esse público, tanto em Belém quanto no Estado do Pará.

Durante o encontro, foram discutidas iniciativas como visitas mediadas a museus, acesso a oficinas, espetáculos e demais programações culturais. As sugestões serão reunidas pelo Grupo de Trabalho, que deverá ser conduzido pela Defensoria Pública. Ainda neste mês, está prevista uma nova reunião para avançar nas estratégias.

Representantes do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), vinculado à Secult, também participaram da reunião e contribuíram com ideias baseadas na experiência cotidiana dos espaços culturais do Estado.

Para a defensora pública Anna Izabel Sabag, que deverá ficar à frente do GT, o objetivo é garantir o acesso de forma contínua e com respeito. “Nosso foco é que essas pessoas possam viver a cultura — estar nos museus, nas oficinas, nos teatros. Isso amplia horizontes, constrói pertencimento e dá visibilidade a quem muitas vezes é ignorado.”

A articulação ganhou força após a visita do padre Júlio Lancellotti a Belém, em março, para um  evento da Defensoria. Reconhecido por sua atuação em defesa da população em situação de rua, o religioso esteve com a secretária de Cultura, Ursula Vidal, e representantes de diversos órgãos públicos, reforçando a importância de políticas que incluam esse público nos espaços culturais.

“Muitos dos nossos equipamentos culturais estão localizados em áreas onde há circulação diária dessas pessoas — como o Theatro da Paz, o Museu da Imagem e do Som, no Palacete Faciola e os museus do Complexo Feliz Lusitânia. Essa presença precisa ser reconhecida e acolhida. Queremos nossos espaços cada vez mais acolhedores e vivos para todos e todas”, destacou a titular da Secult, Ursula Vidal.

Texto: Painah Silva/Ascom Secult