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Com monitoramento e divulgação, Governo do Pará fortalece a cadeia produtiva do cacau

No Dia Mundial do Cacau, o Pará celebra sua liderança na produção nacional, a qualidade das amêndoas e a oferta ao mercado de chocolates artesanais, geleias, nibs, licores e outros derivados

Por Giovanna Abreu (SECOM)
26/03/2025 15h04

Maior produtor de cacau do Brasil, o Pará se fortalece na liderança nacional com investimentos contínuos do governo do Estado na cadeia produtiva do fruto. Entre as principais ações de incentivo ao setor - que celebra o Dia Mundial do Cacau nesta quarta-feira (26) - estão o monitoramento de propriedades, educação sanitária, fiscalização do trânsito agropecuário e levantamento de detecção de pragas e doenças, realizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

O Estado também participa de projetos para a internacionalização de amêndoas do cacau e mapeamento e monitoramento das áreas agricultáveis, em ação desenvolvida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap).

Em 2025, a Adepará iniciou o Projeto "Proteção e fortalecimento da cacauicultura paraense, prevenção e combate à Monilíase nas divisas do Estado", aprovado pelo Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado Pará (Funcacau), o qual prevê treinamentos e ações de combate a essa doença que acomete o cacaueiro.

“Fortalecemos os postos de fiscalização nas fronteiras com o Amazonas e aumentamos o número de inspeções fitossanitárias para ter certeza que o Pará não tem essa praga. Realizamos inspeções rotineiras e elaboramos esse projeto para conseguir mais recursos e intensificar as ações de educação sanitária. Além disso, enviamos equipes treinadas para o Acre e o Amazonas, que apresentaram registro da doença, para fazer levantamento e combate à praga, porque temos profissionais com expertise para atuar em emergências fitossanitárias”, informa o engenheiro agrônomo Rafael Haber, gerente de Defesa Vegetal da Adepará.

Em fevereiro deste ano, a Adepará realizou em Altamira, no oeste paraense, um curso de certificação fitossanitária para o cacau, capacitando mais de 40 engenheiros agrônomos na emissão de certificação fitossanitária de origem, garantindo que a praga não está presente nos plantios da região. A doença reduz a produtividade e aumenta o custo de produção, elevando o preço do produto no mercado.

Crescimento - A produção de cacau cresceu, em média, 9 mil hectares nos últimos anos, e em torno de mil produtores decidem investir na cadeia produtiva do cacau a cada ano. A divulgação do cacau paraense é fortalecida pela Sedap, que apoia os eventos voltados a impulsionar o fruto no Brasil, sobretudo em Belém, Altamira, Brasília (DF) e Ilhéus (BA). A Secretaria também reforça a internacionalização, a exemplo de eventos em Portugal, Bélgica e França. Nesses festivais, os produtores levam amêndoas de cacau, chocolates artesanais, geleias, nibs, licores, doces, polpa e compotas.

A Sedap também apoia a produção de cacau com o repasse de recursos do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau), destinado a órgãos que garantem apoio técnico, produção de sementes híbridas e suporte aos produtores. Outra estratégia da Sedap é o mapeamento e monitoramento das áreas agricultáveis com cacau, por meio de imagens e sensores remotos de alta resolução.

“Por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) foram entregues cinco escolas das indústrias nos municípios de Igarapé-Miri, Medicilândia, Altamira, Castanhal e Tomé-Açu, e uma unidade móvel que viaja a municípios interessados em capacitar empreendedores para fazer chocolates e derivados. Temos 50 unidades que fabricam chocolates e derivados, e a tendência é aumentar esse número”, informa Ivaldo Santana, coordenador do Procacau na Sedap.