Festival Chocolat Amazônia: em maio deste ano, Belém se tranforma na capital nacional do chocolate e do cacau
Este ano, em função do fechamento do Hangar no segundo semestre por conta dos preparativos à COP30, a programação, que ocorre tradicionalmente em setembro, foi antecipada

De 8 a 11 de maio, a capital paraense, Belém, se transformará na capital nacional do chocolate e do cacau. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o Chocolat Amazônia – que ocorre simultaneamente ao Flor Pará 2025 - será realizado pela primeira vez no primeiro semestre. O festival recebe o aporte financeiro do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau).

A organização do evento estima que cerca de 100 mil visitantes passe pelo Hangar Centro de Convenções da Amazônia, durante a programação.
O evento será uma boa oportunidade para quem quiser adquirir o presente para as mães, já que a programação ocorrerá no período em que será celebrado o Dia das Mães. Mais de 500 produtores de cacau e também de flores e plantas da Amazônia das diferentes regiões de integração do estado participarão do evento.

Para o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Cacau (Procacau), engenheiro agrônomo, Ivaldo Santana, mesmo com a antecipação no calendário de eventos – em função das obras e preparativos do Hangar para a COP30 – que tradicionalmente ocorre em setembro, o público se fará presente em função da importância do festival.

"Junto ao chocolate teremos também a venda de flores, então é uma coincidência boa o festival ser realizado justamente com o Dia das Mães. Haverá várias opções. A gente está trabalhando para fazer com que tudo ocorra bem, como sempre foi. Esse ano, por ser o 10º festival, é especial", ressaltou.

Sustentabilidade - A tônica do festival, como destacou o coordenador do Procacau, é a sustentabilidade, pois o Pará é campeão de plantio no sistema agroflorestal (Saf). Tema que está amplamente ligado às temáticas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30).
"Nós estamos cumprindo o nosso ‘dever de casa’. O Pará não desmata um palmo sequer para plantar cacau. Inclusive nós temos legislação que não permite que desmate e que coloca o cacau como uma cultura para recuperação de áreas alteradas; quem tem o passivo ambiental, se plantar cacau em sistemas agroflorestais, recupera sua área alterada e ainda aufere bons lucros, pois o preço do cacau está nas nuvens e o produtor fica feliz com toda certeza", frisou.
A legislação local ao qual o coordenador se refere é a Lei 7. 093/2008 – que criou o Funcacau e a Instrução Normativa(IN) conjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). A IN dispõe sobre os critérios e procedimentos para recomposição da Reserva Legal pelos proprietários e posseiros rurais, mediante o plantio do cacau.

A programação do festival está sendo fechada ainda, mas o coordenador já adiantou que não faltarão atrações e atividades importantes ao público como palestras, workshops, cozinha show e espaço kids, atividades que promoverão experiências sensoriais, cursos de arranjos florais, produção de esculturas de chocolates ao vivo, comercialização de produtos derivados do cacau e do chocolate, concurso do melhor amêndoa da Amazônia, entre outros.
Serviço: A programação do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau e o Flor Pará 2025 será realizado nos dias 8, 9, 10 e 11 de maio no Hangar, em Belém.