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Pará reforça conservação no Dia Internacional das Florestas com novo parque ambiental

Criada no fim de 2024 pelo Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, a nova Unidade de Conservação protege árvores gigantes e fortalece o turismo ecológico na Amazônia

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
21/03/2025 15h36

Nesta sexta-feira (21), quando se é celebrado o Dia Internacional das Florestas, o Pará se destaca com seus avanços na conservação ambiental. Uma das principais iniciativas do Estado, é a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, oficializado em setembro de 2024 pelo governador Helder Barbalho.

Perspectiva do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia

Localizada em Almeirim, na região oeste paraense, a nova Unidade de Conservação (UC) objetiva preservar ecossistemas de grande relevância ecológica, além de impulsionar pesquisas científicas e o turismo sustentável.

Com uma área de 560 mil hectares, o Parque é gerenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A criação da UC se deu por meio da reconfiguração da Floresta Estadual (Flota) do Paru, cuja extensão foi reduzida para viabilizar a proteção específica de espécies raras e ameaçadas. Essa é a 29ª UC sob gestão do Ideflor-Bio, reforçando o compromisso do governo estadual com a conservação da biodiversidade.

O grande destaque do Parque é a presença de árvores gigantes, incluindo o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), que atinge impressionantes 88,5 metros de altura – a maior árvore já registrada no Brasil e na América Latina. Além dela, diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção serão preservadas na área protegida, que servirá como um laboratório natural para estudos sobre a flora e fauna amazônicas.

Marco - Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a criação do Parque é um marco na política ambiental do Estado. "Estamos garantindo que essas espécies únicas continuem existindo para as futuras gerações. Além disso, a UC permitirá a ampliação do conhecimento científico sobre a região, promovendo um equilíbrio entre conservação e desenvolvimento sustentável", afirmou.

A iniciativa também fortalece o turismo ecológico e o envolvimento das comunidades locais. O diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, ressaltou o potencial do Parque para atrair pesquisadores e visitantes. "Essa área será um destino estratégico para o turismo sustentável, incentivando práticas que respeitem o meio ambiente e gerem benefícios econômicos para as populações da região", explicou.

Angelim-vermelho de 70 metros no Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia

Regramentos - As atividades tradicionais desenvolvidas pelas comunidades que vivem no entorno do Parque serão mantidas dentro de diretrizes sustentáveis. A coleta de produtos como castanha-do-pará e camu-camu, além da pesca esportiva, está permitida, desde que respeite as normas ambientais definidas pelo futuro Plano de Gestão da UC. O Conselho Consultivo do Parque, que será formado para regular essas atividades, terá a missão de garantir a preservação dos recursos naturais.

Outro aspecto relevante é a colaboração entre o Governo do Pará e instituições parceiras para viabilizar a criação da UC. Um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro do Andes Amazon Fund (AAF), possibilitou a implementação do Parque, fortalecendo a gestão ambiental no Estado.

Para o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, "ao estabelecer o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, o Pará reafirma seu protagonismo na proteção da maior floresta tropical do planeta. A iniciativa não apenas contribui para a preservação da biodiversidade local, mas também reforça a importância do equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável", enfatizou.