Pará reforça conservação no Dia Internacional das Florestas com novo parque ambiental
Criada no fim de 2024 pelo Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, a nova Unidade de Conservação protege árvores gigantes e fortalece o turismo ecológico na Amazônia

Nesta sexta-feira (21), quando se é celebrado o Dia Internacional das Florestas, o Pará se destaca com seus avanços na conservação ambiental. Uma das principais iniciativas do Estado, é a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, oficializado em setembro de 2024 pelo governador Helder Barbalho.

Localizada em Almeirim, na região oeste paraense, a nova Unidade de Conservação (UC) objetiva preservar ecossistemas de grande relevância ecológica, além de impulsionar pesquisas científicas e o turismo sustentável.

Com uma área de 560 mil hectares, o Parque é gerenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A criação da UC se deu por meio da reconfiguração da Floresta Estadual (Flota) do Paru, cuja extensão foi reduzida para viabilizar a proteção específica de espécies raras e ameaçadas. Essa é a 29ª UC sob gestão do Ideflor-Bio, reforçando o compromisso do governo estadual com a conservação da biodiversidade.
O grande destaque do Parque é a presença de árvores gigantes, incluindo o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), que atinge impressionantes 88,5 metros de altura – a maior árvore já registrada no Brasil e na América Latina. Além dela, diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção serão preservadas na área protegida, que servirá como um laboratório natural para estudos sobre a flora e fauna amazônicas.
Marco - Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a criação do Parque é um marco na política ambiental do Estado. "Estamos garantindo que essas espécies únicas continuem existindo para as futuras gerações. Além disso, a UC permitirá a ampliação do conhecimento científico sobre a região, promovendo um equilíbrio entre conservação e desenvolvimento sustentável", afirmou.

A iniciativa também fortalece o turismo ecológico e o envolvimento das comunidades locais. O diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, ressaltou o potencial do Parque para atrair pesquisadores e visitantes. "Essa área será um destino estratégico para o turismo sustentável, incentivando práticas que respeitem o meio ambiente e gerem benefícios econômicos para as populações da região", explicou.

Regramentos - As atividades tradicionais desenvolvidas pelas comunidades que vivem no entorno do Parque serão mantidas dentro de diretrizes sustentáveis. A coleta de produtos como castanha-do-pará e camu-camu, além da pesca esportiva, está permitida, desde que respeite as normas ambientais definidas pelo futuro Plano de Gestão da UC. O Conselho Consultivo do Parque, que será formado para regular essas atividades, terá a missão de garantir a preservação dos recursos naturais.
Outro aspecto relevante é a colaboração entre o Governo do Pará e instituições parceiras para viabilizar a criação da UC. Um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro do Andes Amazon Fund (AAF), possibilitou a implementação do Parque, fortalecendo a gestão ambiental no Estado.
Para o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, "ao estabelecer o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, o Pará reafirma seu protagonismo na proteção da maior floresta tropical do planeta. A iniciativa não apenas contribui para a preservação da biodiversidade local, mas também reforça a importância do equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável", enfatizou.