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Pará comemora avanços no Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/09/2015 17h56

Inclusão, diversidade, acessibilidade. Palavras da moda, mas que na prática nem sempre são vistas. Neste 21 de setembro, quando se comemora o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes, alguns Estados do Brasil protestaram. Na manhã deste dia, que seria de comemorações, uma manifestação no centro da capital do Mato Grosso do Sul chamou atenção para denúncias contra o Poder Público, que, segundo os mais de 60 deficientes participantes do protesto, não tem respeitado as leis federal, estadual e municipal de acessibilidade que são aplicadas em Campo Grande.

Na contramão dessa e de outras manifestações, o Estado do Pará tem o que festejar. Na data que serve de momento para refletir, buscar novos caminhos e divulgar as lutas por uma efetiva inclusão social das pessoas com deficiência, é possível constatar que o Governo do Estado tem trabalhado de forma integrada para isso. Com a renovação do comitê gestor do Plano Existir, plano integrado de ações de governo, lançado em 2012, os órgãos estaduais reforçam todas as políticas que possam atender ao deficiente de forma conjunta. “Queremos que as ações passem a compor o Plano Plurianual (PPA), que prevê quatro anos de ações e projetos”, diz a coordenadora do plano, Meive Piacesi.

Trabalho – Dentro desse plano conjunto de medidas para garantir a inclusão do deficiente, uma das ações foi um workshop que debateu a empregabilidade de pessoas com deficiência. No Pará, de mais de um milhão de pessoas portadoras de deficiência, menos de dez mil são estatutárias ou trabalham com carteira assinada. Para o titular da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Renda e Assistência Social (Seaster), Heitor Pinheiro, o debate sobre empregabilidade foi fundamental para avançar com medidas mais eficazes. “Quando falamos de empregabilidade para pessoas com deficiência, precisamos chamar mais pessoas para a temática. Além do governo, chamamos para o workshop a Comissão Estadual de Emprego, o Fórum de Empresários e a própria sociedade civil. Isso para que possamos juntos ver como colocar em prática o estatuto da pessoa com deficiência, aprovado recentemente, mas que já vem com o desafio da regulamentação”, disse.

Quando se fala em inclusão pelo esporte, o Pará também vem sendo campeão. Os talentos paralímpicos do Estado vêm ganhando cada vez mais destaque no cenário nacional. O Pará já é considerado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro referência de talentos no esporte. De 2011 a 2014, os paratletas paraenses conquistaram 105 medalhas de ouro, 82 de prata e 82 de bronze nas Paralimpíadas Escolares Nacionais. O melhor resultado foi em 2013, com a conquista de 111 medalhas. Este ano, 59 paraenses já foram selecionados para participar das Paralimpíadas Escolares Nacionais no Rio Grande do Norte, entre 23 e 28 de novembro.

Oportunidade – Para estimular ainda mais a prática de esportes e, com isso, reforçar a inclusão das pessoas com deficiência, o Laboratório de Atividade Física Adaptada (Lafad) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) está com as inscrições abertas aos Programas de Atividades Físicas Adaptadas a Crianças e Adolescentes com autismo, deficiência auditiva ou visual, Síndrome de Down e deficiência físico-motora. Serão ofertadas 546 vagas gratuitas, destinadas a crianças e adolescentes de 4 a 16 anos.

As inscrições – que seguem até o fim da primeira semana de outubro – estão sendo feitas no Lafad, localizado no campus de Educação Física da Uepa, na Avenida João Paulo II. No ato da inscrição, o responsável deve apresentar documento de identidade original, duas fotos 3x4 e certidão de nascimento ou identidade do menor de idade.

As aulas começam a partir da segunda quinzena de outubro e serão ministradas por acadêmicos do curso de Educação Física da Uepa. As atividades ocorrerão no Lafad, nas quadras externas, na pista de atletismo, no parque aquático, nos espaços internos do ginásio e na sala de dança. Haverá aulas de segunda a quinta-feira. Cada programa terá três turmas de manhã e três turmas à tarde, divididas por idade. Serão 15 vagas por turma, exceto para o público com Síndrome de Down e autismo, que terão oito. O motivo é a maior necessidade de atenção dos monitores para esse público.

Nesse  21 de setembro, portanto, o Governo do Estado, por meio das ações do Plano Existir, celebra o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes com o sentimento de dever cumprido. Ainda há um caminho a ser percorrido, mas com ações, discussões e incentivo, o discurso de apoio à diversidade finalmente começa a sair do papel.