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CLIMA E MEIO AMBIENTE

Conferência do Clima em Belém será a ‘COP das COPs’, diz ministra Marina Silva 

Ministra participou da Conferência Estadual de Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Pará, nesta quinta-feira (13)

Por Igor Nascimento (SEMAS)
13/03/2025 12h47

A capital da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a (COP 30), recebeu, nesta quinta-feira (13) a visita da Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ela participou da Conferência Estadual de Meio Ambiente, evento promovido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), como parte da construção de um novo plano nacional de adaptação climática. Em seu discurso, ao lado do secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, a ministra destacou o Pará como um dos estados que mais contribuiu regionalmente com a estratégia. 

“Aqui, nós tivemos talvez uma das maiores quantidades de conferências municipais de um estado e por isso quero parabenizar todo mundo que trabalhou, agradeço também a todos os delegados e delegadas que estão trabalhando nessa conferência, sei que vocês deram prioridade para educação ambiental e à justiça climática”, informou Marina Silva ao se referir às pessoas que irão representar o Pará em Brasília, durante a etapa nacional da Conferência. 

“Muito obrigada ao Governo do Pará e aos delegados. Eu não poderia deixar de vir porque essa é a cidade que vai sediar a COP 30. Essa é a conferência da anfitriã da COP das COPs, da COP da implementação. A COP não é festa, mas é muito trabalho”, enfatizou a ministra. 

Desenhada pelo Ministério do Meio Ambiente, a atual estratégia das Conferências de Meio Ambiente faz parte da revisão da Política Nacional sobre Mudança do Clima, a PNMC e, como os demais países, da elaboração de um novo compromisso a ser apresentado até 2025 perante a Convenção do Clima da ONU, em Belém. 

“A sustentabilidade não é só uma maneira de fazer, é uma maneira de ser, é uma mudança no modelo de desenvolvimento, de como a gente pensa o mundo. Já estamos vivendo sob os efeitos da mudança do clima, portanto a nossa responsabilidade é muito grande, porém elas são diferenciadas. Quem pode mais, deve fazer mais”, frisou a ministra. 

No Pará, foram realizadas 70 conferências, das quais 61 foram municipais e 9 regionais, abrangendo mais de um município, estratégia adotada pela Semas para abranger o maior número de municípios possível. As propostas de ações pensadas na fase regional estão em plena discussão na Conferência Estadual e 20 serão selecionadas para a etapa nacional. 

“Se a gente for olhar de onde surgiu a ideia do SUS, foi de um movimento da sociedade civil, com médicos comprometidos com saúde de qualidade, pensando saúde como um sistema público para atender todas as pessoas e isso foi transformado em uma política pública. E assim foi com as políticas de combate à desigualdade social e poderia aqui citar vários exemplos de luta da sociedade que resultaram em política pública. Na área ambiental, toda política surge primeiro da sociedade, depois que entra para os governos”, explicou Marina Silva.

Rodolpho Zahluth Bastos, adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, enfatizou o desafio e a oportunidade que o evento proporciona para a construção de políticas públicas.

Secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva

O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, destacou: “Nós temos aí um desafio de espaço democrático, de diferentes grupos de interesse no estado do Pará, para definir quais são as prioridades e propostas que vão colaborar para a elaboração de políticas públicas. Então, a primeira é esse componente inédito, que é a construção de políticas públicas a partir da base local e da população, fazendo propostas para os governos, tanto municipais e estaduais, como o governo da União. Nós temos aí, então, mais de 600 propostas para definir, aqui nos espaços de dois dias e hoje, definir 20 propostas apenas, que serão encaminhadas para a conferência estadual. E, claro, a eleição dos delegados, que são representantes do estado do Pará nessa discussão na conferência que ocorrerá em maio, em Brasília”, explicou.

De acordo com o secretário, a realização do evento no ano da COP 30 é especial pois os resultados das discussões poderão ser apresentados durante o evento em novembro deste ano, na capital paraense. “O resultado das conferências municipais, estaduais e da conferência nacional será apresentado durante a COP aqui, então essas propostas que emanaram dos diferentes territórios do Brasil, da população, eleitas como prioritárias no combate ao enfrentamento das mudanças climáticas, são fundamentais porque serão transformadas em um plano nacional orientativo de políticas públicas do meio ambiente e combate às mudanças climáticas”, reforçou Rodolpho Zahluth.