Primavera de Museus tem programação variada nessa quinta-feira (24)
Em todo o Brasil, 809 instituições participam da 9ª Primavera dos Museus, até o dia 27 deste mês, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Com o tema Museus e Memórias Indígenas, a programação no Pará tem o apoio da Secretaria de Estado de Pará (Secult), por meio do Sistema Integrado de Museus. Nesta quinta-feira, 24, haverá sessão de cinema, palestras, além de exposições, tudo com entrada franca.
No Museu do Estado do Pará (MEP), às 10h, a programação será composta por uma palestra sobre identidade e memórias indígenas, com o tema “Mundos cruzados na arte marajoara: índios e negros em tela de Maria Necy Balieiro”, com o professor doutor em História Social, Agenor Sarraf Pacheco.
Na ocasião, o professor levará ao público parte de sua pesquisa de pós doutorado, realizada na Universidade da Amazônia (Unama). “Estudo as pinturas da artista paraense Necy Bailieiro, que se utiliza de memórias pessoais e familiares para expressar em seus quadros a cultura entre índios e negros na Ilha do Marajó”, explica Sarraf.
Ainda no dia 24, às 17h, o Museu da Imagem e do Som (MIS) apresenta uma sessão ao ar livre, no Café do Museu de Arte Sacra (MAS), do filme “Aruanã”, do cineasta Líbero Luxardo. “O Líbero Luxardo foi o pioneiro do patrimônio audiovisual no Pará, e esse acervo está no MIS. A exibição de nossos filmes consiste em ajudar pesquisadores que estudam sobre as produções audiovisuais no estado, é uma atividade para divulgar conhecimento. Aruanã narra a busca do ouro na Amazônia e o encontro conflituoso entre europeus e índios”, avalia a diretora do MIS, Dayseane Ferraz.
Logo em seguida, às 19h, na Igreja de Santo Alexandre, a programação terá a palestra “De Caco à Espetáculo: Cerâmica Marajoara e Identidade Nacional Brasileira”, com a pesquisadora Anna Maria Linhares. “O simbolismo da cerâmica marajoara arqueológica é naturalizado no nosso cotidiano. É comum vermos os desenhos dessa cerâmica representado de diversas formas: em telefones públicos, em desenhos nas propagandas públicas, na arte, no artesanato, nos ônibus, etc. A ideia dessa apresentação, que é fruto de minha pesquisa de doutorado em História, é explicar o porquê do uso desse simbolismo e não de outros grupos indígenas, já que temos centenas de grupos indígenas no Brasil”, diz a pesquisadora sobre a palestra.
Já no dia 25, às 15h, a palestra “Apoteose de Nossa Senhora: o lugar do índio no frontão do Santuário de Nazaré” será apresentada pelo professor doutor em História, Márcio Couto Henrique, também no MEP.
Serviço:
9ª Primavera de Museus, até o próximo domingo (27)
Dia 24/09 (quinta-feira)
Museu do Estado do Pará (MEP), às 10h, “Mundos cruzados na arte marajoara: índios e negros em tela de Maria Necy Balieiro”, com o professor doutor em História Social, Agenor Sarraf Pacheco.
Café do Museu de Arte Sacra (MAS), exibição do filme “Aruanã”, do cineasta Líbero Luxardo, às 17h.
Igreja de Santo Alexandre, às 19h, palestra “De Caco à Espetáculo: Cerâmica Marajoara e Identidade Nacional Brasileira”, com a pesquisadora Anna Maria Linhares.
Todos com entrada franca.