Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

Estudantes da rede pública estadual representam o Pará na etapa nacional de Torneio de Robótica

Com o projeto sustentável ‘Ecopavu: Catamarã Coletor de Resíduos Sólidos Urbanos’, a equipe “Pavulagem’ apresenta estratégia para limpeza de rios da Amazônia

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)
13/03/2025 09h00

A equipe “Pavulagem”, formada por estudantes da rede estadual pública de ensino, representa o Pará na etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica - First Lego League Challenge, desta quinta-feira (13) até o próximo dia 15, em Brasília (DF). A competição integra o torneio global, criado pela organização sem fins lucrativos For Inspiration and Recognition of Science and Technology (FIRST).

“É uma grande satisfação ver nossos estudantes conquistando novos horizontes, impulsionados pela excelência do trabalho de nossos professores, especialmente o professor Rafael. A equipe Pavulagem simboliza todos os estudantes do Pará, que certamente se sentirão inspirados por essa conquista e motivados a desenvolver iniciativas igualmente incríveis. Contamos com uma equipe talentosa e determinada a ir além. Desejamos muito sucesso à equipe Pavulagem em Brasília. Independentemente do resultado, eles já são vencedores, e trarão uma valiosa experiência para compartilhar com seus colegas", afirma Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.

Equipe ’Pavulagem' é formada por alunos da rede pública estadual

Formada por Jhon Miranda, Jéssica Aguiar, Thaila Sarmento, Maria Eduarda Barbosa, David Silva, Gustavo Lima e Marcos Machado, a equipe acredita ter chances reais de pódio, a fim de competir fora do Brasil.

Estreante na competição, o estudante Marcos Machado, da Escola Estadual Prof. Waldemar Ribeiro, conta que “sempre fui curioso sobre essas coisas de robótica. Um dia, estava assistindo a um vídeo no YouTube e descobri como funciona a robótica. Então, fui atrás, pedi para os meus pais, e eles descobriram o ‘Pavulagem’. Espero que neste campeonato eu possa viver momentos de alegria, fazer novas amizades e, claro, nos divertir. E, se possível, ganhar algum troféu e representar bem o Estado”.

Neste ano, o Torneio desafia crianças e adolescentes a apresentarem soluções para destinação do lixo que chega aos oceanos, sob o tema “Submerged”. As propostas devem valorizar a criatividade e beneficiar comunidades. Como projeto de inovação, os estudantes desenvolveram o "Ecopavu: Catamarã Coletor de Resíduos Sólidos Urbanos", que visa limpar rios amazônicos utilizando um barco sustentável.

“Esta é a minha terceira vez viajando e, toda vez, é uma nova experiência. Sempre é uma surpresa. Esse Torneio sempre me surpreende de várias maneiras, me ensinando muitas coisas. Não troco essa experiência por nada. O estudo da Física e da Matemática melhora meus conhecimentos nessas áreas, mas também trabalhamos com materiais sustentáveis, o que nos leva para o lado da Ciência. Nessa temporada, conseguimos aprender mais sobre as espécies da nossa região. A FLL está aqui para nos ensinar a desenvolver soluções sustentáveis para problemas do dia a dia. Espero fazer coisas incríveis, especialmente porque este é meu último ano”, conta Gustavo Lima, estudante da Escola Estadual Professora Albanízia de Oliveira Lima, situada em Belém.

Autonomia - As professoras Célia França e Aldelice Ferreira Dias, e o professor Wanderson Alves Monteiro, são responsáveis pela “Pavulahem” no Torneio Nacional. “Acompanhar a equipe tem sido uma experiência enriquecedora. Há quase um ano ao lado desses estudantes, percebo o quanto eles são independentes, protagonistas do próprio aprendizado e comprometidos com cada desafio que a robótica propõe. Essa autonomia é uma das grandes lições que a robótica ensina, pois vai muito além da construção de robôs. Trata-se de resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe. A responsabilidade é grande, mas a alegria de vê-los crescer no aprendizado compensa qualquer desafio”, ressalta Célia França.

A docente ainda destaca o fato de os estudantes serem da rede pública de ensino. “Chegar à etapa nacional com uma equipe formada por alunos de escola pública é uma conquista imensa. Isso demonstra o quanto a robótica tem impulsionado não apenas o desenvolvimento tecnológico, mas também o desempenho escolar e social desses jovens. É uma prova de que oportunidades e dedicação fazem a diferença e abrem caminhos para um futuro promissor”, complementa.

Liderados por dois adultos, os estudantes trabalham seguindo regras específicas para cada temporada

Sintonia - O Programa FIRST® LEGO® League Challenge desafia estudantes na faixa etária de 9 a 15 anos na busca de soluções para problemas sociais, com base no conceito STEAM (abordagem pedagógica que integra Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).
Os jovens, liderados por dois adultos (técnicos da equipe), trabalham em sintonia, seguindo regras específicas para cada temporada. Eles constroem robôs baseados na tecnologia LEGO® SPIKE™ Prime, programados para cumprir uma série de missões.

As categorias que compõem o Torneio são: Core Values, na qual são avaliados o trabalho em equipe e o respeito mútuo; Desafio do Robô, que julga as missões realizadas pelo robô na mesa de competição; Design do Robô, voltada à utilização da tecnologia LEGO® Mindstorm para o desenvolvimento do desenho mecânico de robôs autônomos, e Projeto de Inovação, em que os competidores apresentam propostas de solução para um problema do mundo real, conforme o desafio da temporada.