Nova edição da revista 'Entre Saberes' é lançada pela Secretaria de Educação, destacando práticas pedagógicas no Pará
A 13ª edição foi lançada na tarde desta quarta-feira (12), em evento online promovido pelo CEFOR, celebrando as iniciativas transformadoras na rede estadual de ensino.

Na 13ª edição, a revista "Entre Saberes" continua destacando as práticas pedagógicas que têm feito a diferença na rede estadual de ensino do Pará, fruto do empenho e dedicação dos profissionais da área. Nesta quarta-feira (12), foi realizado o lançamento da revista eletrônica, uma iniciativa do Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Pará (CEFOR), da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC).
A revista é uma publicação online semestral, destinada à divulgação de experiências educacionais exitosas, realizadas por profissionais da rede estadual e municipal de Educação Básica. Para o lançamento desta edição, foi organizado um bate-papo e painel de debates com os docentes autores, de forma online.
"A revista representa um marco importante na valorização e divulgação das práticas educacionais desenvolvidas pelos professores da rede de ensino do Pará. Sua continuidade reafirma o compromisso da Secretaria com a promoção do conhecimento, o incentivo à pesquisa e a troca de experiências pedagógicas que enriquecem o ensino no estado. A participação ativa dos docentes não apenas fortalece a construção coletiva do saber, mas também evidencia o protagonismo dos educadores no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, dar visibilidade à rede de educação é fundamental para reconhecer o esforço dos profissionais e demonstrar o impacto positivo de suas iniciativas", afirma Raimundo Oliveira, diretor do CEFOR.
Esta edição busca ressaltar práticas pedagógicas contemporâneas, colaborativas e inclusivas que certamente ampliarão os horizontes do processo de ensino e aprendizagem, além de aprimorar a qualidade do ensino e o exercício da equidade na Educação Básica.

Entre os trabalhos presentes na revista está "A literatura periférica de autores(as) negros(as): relatos de vivências em uma escola pública de Breu Branco-Pará", da docente Eunice Pereira da Silva, da Escola Estadual Severo Alves. O trabalho aborda o enfrentamento da invisibilidade de escritores e de produções periféricas negras nos currículos escolares do Ensino Médio. A proposta buscou resgatar e divulgar essas obras, promovendo novas perspectivas sobre o poder formativo da literatura periférica e sua relação com o ambiente escolar.
"Estou muito contente por poder divulgar essa experiência exitosa para os demais colegas professores da rede pública paraense. Ao realizar o trabalho voltado para a literatura periférica no contexto escolar, percebi que a maioria de nossos alunos desconheciam as obras desses autores, sobretudo as de escritores negros. Dessa forma, pude trazer para a sala de aula produções literárias de autores marginalizados, que refletem suas vivências e trajetórias nas diferentes realidades periféricas brasileiras. Isso é de suma relevância para retirar esses nomes do anonimato literário. Durante as aulas no componente curricular Eletiva: Práticas do Letramento Literário, os alunos tiveram acesso a textos de vários escritores negros e periféricos. Por meio dessa ação, foi possível apresentar aos nossos alunos o rico acervo produzido por autores cujas vozes ainda enfrentam o silenciamento no campo literário", disse Eunice Pereira da Silva, da Escola Estadual Severo Alves, em Breu Branco.
Outro trabalho que teve destaque foi “Motivação: estratégias positivas para fazer com que os alunos se comuniquem em inglês na sala de aula”, do professor Guilherme Oliveira, da Escola Estadual General Gurjão, em Belém. O estudo apresenta um caso baseado em sua experiência docente, no qual explorou estratégias para incentivar o uso da língua inglesa nas aulas do componente curricular de Inglês, considerando a desmotivação como uma causa possível para a baixa participação dos alunos. A investigação buscou responder se a desmotivação é, de fato, o principal fator que impede o uso da língua-alvo, além de identificar outras causas e propor estratégias eficazes para superar esse desafio.
"É fundamental ter essa divulgação. Na rede, há professores que desenvolvem trabalhos maravilhosos, até melhores do que o meu. E não temos a oportunidade de divulgar este trabalho, nem dentro das escolas onde atuamos, nem para outros colegas da área. A importância está na possibilidade de um professor usar a metodologia citada no meu trabalho, ou adaptá-la e dar continuidade ao debate proposto pela pesquisa. Além disso, também me proporciona destaque profissional", conta Guilherme Oliveira, da Escola General Gurjão, em Belém.
Para ter acesso à revista Entre Saberes, basta clicar no link.