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CUIDADO E PREVENÇÃO

Profissionais do HGT alertam sobre ISTs e infecções transmissíveis pelo beijo

Entre as infecções mais comuns transmitidas pelo beijo estão a mononucleose infecciosa (doença do beijo), o "sapinho" e a herpes labial.

Por Ascom (Governo do Pará)
04/03/2025 13h34
Juarisandro Cutrim Meireles

O Carnaval é sinônimo de alegria e diversão, mas é fundamental curtir a festa com responsabilidade e proteção. Os beijos casuais são muito comuns em períodos festivos, e esse comportamento pode representar riscos à saúde, pois a boca abriga diversos micro-organismos, como fungos, bactérias e vírus, que podem causar infecções. Diante disso, profissionais do Hospital Geral de Tailândia alertam a população sobre as infecções transmissíveis pelo beijo e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), reforçando a importância da prevenção para um Carnaval mais seguro e saudável.

O diretor técnico do HGT, o médico Eduardo Rocha, explica que, entre as infecções mais comuns transmitidas pelo beijo, estão a mononucleose infecciosa (doença do beijo), o “sapinho” e a herpes labial.

Sapinho

Popularmente conhecida como “sapinho”, a candidíase oral é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que normalmente habita a pele e as mucosas do corpo. Em condições normais de imunidade, esse fungo convive no organismo sem causar danos, pois permanece na camada de células mortas. No entanto, quando o sistema imunológico está fragilizado, ele pode se multiplicar de forma descontrolada, resultando no aparecimento da doença.

Ele acrescenta que os principais sintomas da candidíase oral são manchas brancas e escamosas dentro da boca, com aparência semelhante a pedaços de queijo, podendo afetar a língua, as gengivas, a parte interna das bochechas e os lábios.

Herpes

O médico explica que a herpes é uma infecção viral caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas doloridas nos lábios. “Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver os sintomas, enquanto outras, mesmo em contato com o vírus, podem não manifestar a doença. Isso está relacionado à imunidade do indivíduo. Além disso, a herpes pode afetar a região genital através de outro subtipo do vírus, sendo então classificada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST)”, pontua.

“Doença do beijo”

Sobre a mononucleose infecciosa, ele destaca que os sintomas geralmente duram entre 30 e 45 dias, incluindo dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. “Nos casos mais graves, a doença pode causar dores nas articulações, desconforto abdominal e manchas na pele. Na forma crônica (mais rara), pode ocorrer aumento do fígado e do baço, além de pequenos pontos de hemorragia interna, que resultam em manchas avermelhadas no céu da boca.”

Eduardo Rocha enfatiza que não há um tratamento específico para a mononucleose, apenas medidas para alívio dos sintomas. “O maior desafio da doença do beijo é sua transmissão prolongada, pois mesmo pessoas assintomáticas podem espalhar o vírus por até um ano após a infecção. Para prevenir essas infecções, recomenda-se evitar beijos caso haja feridas nos lábios, aftas ou sangramento na gengiva e não compartilhar utensílios de uso pessoal, como escovas de dentes, copos e talheres”, finaliza.

A supervisora de Enfermagem do HGT, Elizandra Silva de Carvalho Meireles, destaca que, no período do Carnaval, a educação em saúde voltada à prevenção de ISTs é fundamental para garantir que a população aproveite essa época com responsabilidade. “O Carnaval é um momento de festa, alegria e aumento das interações sociais. As ISTs são transmitidas por meio do contato sexual desprotegido, portanto, o uso de preservativos e gel lubrificante é essencial para prevenir infecções como HIV, sífilis e hepatites B e C, entre outras. Além disso, é importante manter a vacinação em dia, ter um diálogo aberto com o parceiro sobre prevenção e utilizar a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) e, se necessário, a profilaxia pós-exposição (PEP). O conhecimento e o empoderamento da população tornam a festividade mais segura e responsável.”

Aprovação - Juarisandro Cutrim Meireles, 31 anos, encontra-se no HGT para acompanhar seu filho, o pequeno usuário Miguel de Carvalho Meireles, de apenas 11 meses. Ele comenta que já havia ouvido falar sobre ISTs, mas que não tinha um conhecimento aprofundado sobre o assunto. “Com certeza é um tema importante a ser tratado, principalmente pela prevenção. Já não participo do Carnaval há 10 anos, mas acredito que esse assunto deve ser discutido sempre”, disse o supervisor na agricultura familiar.

HGT - O Hospital Geral de Tailândia mantém 51 leitos e uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) com nove leitos, sendo seis adultos e três pediátricos. Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso aos serviços oferecidos pelo HGT por meio da Central de Regulação Municipal. Casos de urgência e emergência são atendidos em livre demanda ou encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária.

Texto: Pedro Amorim/Ascom HGT