Emater fortalece atendimento a pescadores da região do Salgado
O objetivo é identificar e emitir o cadastro ambiental rural (car) e cadastro nacional da agricultura familiar (caf) e prospecção de demanda imediata de crédito rural
Ao longo de fevereiro, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Salinópolis, na região do Salgado, realiza um circuito de visitas técnicas a pescadores do município e do vizinho Maracanã.
O objetivo é identificar e emitir o cadastro ambiental rural (car) e cadastro nacional da agricultura familiar (caf) e prospecção de demanda imediata de crédito rural. Plantadores de açaí e mandioca também estão sendo mobilizados.
Nesta segunda quinzena do mês, já foram percorridas propriedades da Vila do Derrubado Grande, com foco em 10 agricultores, e Vila do Mota, em benefício de 15 pescadores. A Vila do Mota situa-se em Maracanã, mas a princípio, é atendida em caráter pontual pela Emater em Salinas, pela maior facilidade de acesso geográfico.
Documentação
Até final de março, os pescadores da Vila do Mota devem receber 'caf' e 'car'. O 'caf' especificamente é requisito preliminar para o acesso a qualquer política pública do segmento, como aposentadoria rural e seguro-defeso. Com os documentos, ainda, as famílias podem acionar crédito rural.
Sobre os agricultores da Vila do Derrubado Grande, a expectativa contempla recursos quanto a compra de insumos para o cultivo de açaí e mandioca.
A estimativa da Emater é que, mês que vem, projetos de financiamento pela linha Acredita do Banco da Amazônia (Basa), no valor individual de R$ 8 mil a R$ 10 mil, encontrem-se em fase de liberação.
Para o chefe do escritório local da Emater em Salinópolis, o engenheiro de pesca Paulo Nunes, a abordagem direta do público beneficiário considera a efetividade das políticas públicas. "São comunidades com necessidades correspondentes ao que a Emater dispõe, em termos de assistência, documentação atualizada, continuidade", resume.
Importância
O pescador Wagner Cruz, de 37 anos, da Vila do Mota, atendido pela Emater há seis anos e titular do segundo crédito rural consecutivo, via projeto da Emater, diz que o Órgão é de "suma importância". "A Emater para mim tem um grande valor. Pela Emater consegui meu crédito. São várias ações", afirma.
A verba da linha Acredita do Basa, no valor de R$ 7 mil, tem servido para a aquisição de apetrechos. Com tradição de uso de curral, Cruz captura espécies como gó e robalo no encontro das águas dos rios São Paulo e Urindeua.
Texto: Aline Miranda