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Equipe Multidisciplinar do Regional da Transamazônica utiliza eletroestimulação para acelerar tratamento em internações

Técnica tem sido eficaz para reestabelecer força muscular de pacientes

Por Governo do Pará (SECOM)
20/02/2025 18h55

O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), localizado em Altamira, no sudoeste do Pará, tem implementado estratégias para otimizar o tratamento dos pacientes internados, com o objetivo de oferecer um atendimento mais ágil e eficiente.

A unidade conta com uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapeutas e fonoaudiólogos que utiliza a eletroestimulação muscular, também conhecida como eletroterapia. Trata-se da aplicação de correntes elétricas de baixa intensidade para estimular a contração de músculos, aliviar a dor e reduzir inflamações. O procedimento é feito principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mas também é aplicado em clínicas com pacientes menos graves.

A técnica deve ser realizada apenas por profissionais qualificados, que irão avaliar o paciente e determinar o protocolo de tratamento individual. O método é considerado seguro e eficaz quando feito corretamente, sendo utilizado tanto para pacientes que sofreram lesões musculares em decorrência de acidentes ou em casos de fragilidades motivadas por doenças específicas.

“Em todo paciente que a gente percebe perda da força muscular, já podemos indicar a eletroestimulação. Aqui na UTI, por exemplo, temos muitos pacientes restritos aos leitos, e em muitos casos utilizamos para prevenir a atrofia muscular. Um deles não estava respondendo comandos e só passou a evoluir quando utilizamos a técnica da eletroestimulação. Com ele, utilizamos no diafragma e a ideia é acelerar o tratamento pra que esse paciente possa respirar por conta própria”, esclareceu Adriane Brandão, fisioterapeuta responsável pelas UTI’s Pediátrica e Neonatal.

Outros profissionais de saúde também passaram a aderir a técnica. O fonoaudiólogo Luck Santana tem realizado a eletroestimulação no tratamento de diversos pacientes, entre eles o Ryan Noronha, de 16 anos, vítima de um acidente de trânsito. O adolescente está internado há mais de 30 dias. Passou pela UTI e hoje evolui com tratamento na Clínica Médica. Com dificuldades de mastigação e deglutição, sendo necessária a alimentação enteral por sonda,  Ryan tem evoluído positivamente à técnica.

“Quando a fonoaudiologia começou a utilizar a eletroterapia, a fisioterapia já usava. Começamos a observar que a região do pescoço é atingida quando o paciente passa por procedimentos como traqueostomia na UTI, e o uso da eletroterapia é justamente para fortalecer o músculo daquela região para que o paciente possa engolir os alimentos de forma segura”, explicou o fonoaudiólogo.

A mãe de Ryan, Lucirene Noronha, acompanha o filho durante a internação e está sempre em contato com os profissionais saúde. Satisfeita com a melhora do adolescente, ela se demonstra agradecida à equipe e surpresa com os métodos disponíveis na região da Transamazônica.

“Para mim é uma novidade aqui em Altamira. Eu já vi utilizarem isso em outros hospitais lá fora e não sabia que tinha aqui no Regional um aparelho para esse procedimento, pra evolução. Tem sido bom, tem ajudado muito meu filho a melhorar e se Deus quiser logo ele vai voltar a se alimentar do jeito que era antes”, disse, emocionada, a mãe de Ryan.

O Hospital Regional da Transamazônica é gerencia do pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (SESPA). A unidade alcança moradores de 9 municípios da Região de Integração Xingu, sendo referência nacional pela conquista do selo de excelência nacional em gestão hospitalar.

Texto: Jonas Ribeiro / Ascom HRPT