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GESTÃO DE RECURSOS

Santa Casa do Pará ultrapassa 70% de economia e garante mais segurança no uso de antibióticos

Com a instalação da Central de Misturas Intravenosas, a instituição reduziu gastos de quase R$ 1 milhão ao ano para pouco mais de R$ 250 mil

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
18/02/2025 08h30

A Central de Manipulação de Misturas Intravenosas da Santa Casa do Pará, em funcionamento desde outubro de 2022, garantiu no ano passado uma economia de mais de 70% nos gastos com medicamentos antimicrobianos usados em recém-nascidos e crianças internadas nas unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de Cuidados Intermediários (UCI) das áreas neonatal e pediátrica. Custos reduzidos de quase R$ 1 milhão ao ano, antes da implantação da unidade, para R$ 254.200,00 no ano passado. 

A farmacêutica clínica Haila Vieira, que acompanhou o processo de implantação da Central, enumera as vantagens, que vão além da economia de recursos financeiros. “Com a Central, melhoramos o controle de qualidade e a rastreabilidade dos medicamentos. Agora, a equipe de enfermagem ganha mais tempo, o desperdício é reduzido e a organização do estoque ficou muito mais eficiente. Além disso, a segurança dos pacientes aumentou, garantindo doses exatas e evitando erros na medicação. Mais eficiência, economia e cuidado”, enfatiza a profissional.

Quanto à segurança, a farmacêutica Gisele Alves, coordenadora da Central, avalia como um dos principais benefícios, ao garantir o atendimento mais adequado às necessidades de um perfil de paciente muito delicado, como os prematuros de extremo baixo peso.

“Atendemos pacientes prematuros, que pesam a partir de 500 gramas. A Central tem como principal papel garantir mais eficiência e segurança com a unitarização da dose, que é um processo que permite que cada criança receba exatamente a quantidade necessária, e sem nenhum risco de contaminação ou redução da eficiência do remédio, que segue de forma individualizada para aquele paciente. Assim, a partir da avaliação da prescrição do médico, conferimos se aquele volume está adequado ao peso do bebê. De uma ampola de 10 ml, por exemplo, às vezes precisamos unitarizar uma dose de 0,1 ml”, explica a farmacêutica.

Dentro da Central de Manipulação, também visando à segurança, a unitarização é feita por técnicos capacitados e utilizando EPIs (equipamentos de proteção individual), em um processo com técnicas e equipamentos modernos, que garantem a esterilidade - medicação na quantidade certa e livre de contaminações.

“Existe uma segurança no processo inteiro, desde a reconstituição do medicamento até o envasamento na seringa, na embalagem. Tudo é um controle de qualidade que a gente tem, uma segurança nesse processo todo”, reforça Gisele Alves.

Princípios - A enfermeira neonatologista Andreza Figueira considera a unitarização das doses de medicamentos uma contribuição importante para garantia da segurança não só dos pacientes, mas também da equipe de enfermagem. De acordo com os 13 princípios de segurança na administração de medicamentos seguidos pela Santa Casa, o tempo que o profissional de enfermagem gastava antes com o preparo da dose, hoje se reverte em mais atenção ao paciente.

“O processo de unitarização dá mais tempo para que a equipe de enfermagem possa planejar e realizar ações de cuidado com os pacientes. Isso está de acordo com a Resolução Cofen n° 736/2024, que fala sobre como o Processo de Enfermagem deve ser aplicado em todos os lugares onde a enfermagem é feita, destacando a importância do planejamento e da execução do cuidado”, informa Andreza Figueira.