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Transplantes de órgãos é tema de encontro na Santa Casa 

O evento que termina nesta sexta-feira, reforça a importância de aproximação entre os hospitais transplantadores com o Ministério da Saúde

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
14/02/2025 15h14

Resultado de uma parceria entre a Fundação Santa Casa, o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e o Ministério da Saúde através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), têm como objetivo um projeto de acompanhar o pós cirúrgico de pacientes submetidos ao transplante com a melhora no processo de reabilitação e na qualidade de vida do paciente.

Norma Assunção, diretora técnica assistencial da Fundação Santa Casa, informa que o evento desses dois dias no hospital é um momento para conhecer a nossa realidade. “É um momento importante porque eles nos escolheram para ser o piloto de um novo trabalho relacionado ao transplante hepático. O que foi visualizado a nível até da parceria com o hospital Albert Einstein, onde eles têm um número muito grande de pacientes transplantados, e isso impacta no pós-transplante ambulatorial e internação. Então o Proadi-SUS e o Einstein querem montar um projeto junto conosco, para poder construir uma melhoria do pós-transplante”. 

“Seria para dar suporte pós-alta para esses pacientes e, ao mesmo tempo, absorver os novos pacientes no mesmo serviço. Então, nós vamos ser o piloto deste projeto e o projeto dando certo, tendo boa resposta, mostrando uma outra realidade, ele vai ser aplicado em outros serviços”, informa a gestora.

Rafael Garcia, médico responsável técnico da equipe de transplante de fígado, em sua apresentação disse que o serviço da área hepática da Santa Casa, que funciona desde 2012, atende pacientes de todo o Estado e de alguns Estados vizinhos, principalmente do Amapá, além do Maranhão, Amazonas e do Tocantins. “Temos a única residência médica de hepato da região norte. Temos hoje formados quatro hepatologistas, que já estão fixados aqui na região. Não é alguém que vem, se forma e vai embora da região”.

“O apoio da diretoria é fundamental para o sucesso da área hepatológica, fomos o primeiro hospital público a realizar um transplante de fígado no Estado do Pará. Já realizamos transplantes em adolescentes e até adultos de 67 anos, a maioria homens. E para coroar o sucesso dos transplantes é fundamental a doação de órgãos”, destaca o cirurgião.

Silvia Morgado, da coordenação do programa de transplante de órgãos sólidos do hospital Albert Einstein vinculado ao Proadi-SUS (Programa de Apoio e Desenvolvimento do Sistema de Saúde), relata que trabalham bem próximos e vinculados ao sistema nacional de transplante. “Atualmente nós temos um projeto assistencial, que é de gestão e apoio para o retorno dos pacientes transplantados para a rede. Essa parceria com o Einstein, com o Proadi-SUS, existe desde 2009, quando realmente esse programa foi implantado pelo Ministério da Saúde. De lá para cá, o Einstein tem vários braços de projetos: em ensino, em pesquisa, em procuração de tecnologias e esse assistencial que é para a área de transplantes”.

“A parceria do Einstein com o Proadi-SUS, esse programa do Ministério, abre um programa para instituições de reconhecimento e excelência para que elas possam submeter projetos para o Ministério da Saúde. O Einstein apresenta projetos a cada triênio, vinculados aos temas da saúde, ao Ministério. E esses projetos são avaliados, autorizados e publicados. São três anos que a gente tem para desenvolver esses projetos. São projetos de cunho nacional, que contribuem de uma forma fundamental para o transplante no Brasil”, destaca Sílvia.

Proadi-SUS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) é uma aliança entre hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. Criado em 2009, seu propósito é apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. 

Central de Transplantes - Alfredo Abud, médico coordenador da Central Estadual de Transplantes da Sespa, durante o evento fez a sua exposição sobre o crescimento do número de transplantes e de doações de órgãos, que é reflexo do esforço conjunto da equipe de saúde e o acolhimento às famílias atendidas. 

O Estado do Pará tem dimensões continentais, e a gente tem várias realidades, desde pacientes do interior, ribeirinhos, quilombolas, e o nível cultural, muda muito. E por outro lado, a globalização, e as redes sociais ajudam. A gente sabe que isso é uma grande ferramenta. Quando usada corretamente, a gente consegue alcançar muitos níveis.

“De modo geral, a gente faz campanhas atemporais. Nós temos o Setembro Verde (doação de órgãos), mês geralmente muito robusto, mas ao longo do ano a gente vem reforçando em várias ações a importância da doação. E vem funcionando muito bem, a gente está vendo acontecer. Por isso é fundamental que as famílias conversem sobre a doação de órgãos e manifestem essa decisão de forma clara. Para ser um doador de órgãos, é importante avisar a sua família. Esse ato ajuda a salvar vidas”, enfatiza Alfredo Abud.