Mulheres da Polícia Científica são destaque e inspiração para futuras gerações
Data celebra a presença das mulheres e meninas na ciência e incentiva uma atuação cada vez maior
![Crédito: Amanda Monteiro/Ascom PCE/PA](/midias/2025/medias/20250211162446-GC00064471-F00223042.webp)
O dia 11 de fevereiro é marcado globalmente como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pela Unesco, para celebrar e destacar o papel feminino realizado dentro de profissões ligadas à ciência. Uma ótima oportunidade para ressaltar o trabalho das peritas criminais, médicas legistas e auxiliares técnicas de perícia que atuam brilhantemente na Polícia Científica do Pará (PCE/PA).
“Lugar de mulher é onde ela quiser’ e ressalto que não poderia ser diferente na Perícia Criminal, onde grandes mulheres fazem um trabalho de excelência com uso da ciência em prol da justiça. Considerando a Segurança Pública um campo predominante masculino, acredito que ter dentro da nossa Instituição profissionais do sexo feminino, altamente capacitadas que atuam nas diversas áreas da perícia, é uma conquista inenarrável”, compartilha a diretora do Instituto de Criminalística da PCE/PA, Isabela Barreto.
A perita criminal há 15 anos, Elzemar Rodrigues, que também é gerente de Laboratório de Genética Forense, da PCE/PA, desde o período de sua formação foi aluna de iniciação científica, fez especialização, mestrado e doutorado com base em pesquisas, já atuou no laboratório de paternidade da Universidade Federal do Pará, e sempre teve o sonho de trabalhar com genética, pois admirava a cientista Rosalind Franklin, biofísica britânica que contribuiu para a compreensão da estrutura do DNA.
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"Eu sempre vi a mulher como parte integrante muito forte, dentro da ciência. Eu vejo a mulher assim com um destaque, talvez pela sensibilidade dela de ver as coisas de uma forma mais minuciosa. Sempre tive essa referência, apesar do homem sempre estar à frente, mas eu sempre via mulher assim, então eu digo, eu já me via lá na ciência. Eu vejo a mulher a cara da ciência pra mim", explica a perita.
Além de mulher e perita, Elzemar é mãe de Elisa, de 13 anos, que cursa o oitavo ano do ensino fundamental e sonha em um dia trabalhar na ciência como a mãe. "Sempre vi a minha mãe com um trabalho incrível. Sempre a admirei muito. Quando eu a via levando trabalho para casa, sempre admirava muito esse empenho dela com o trabalho, achava muito incrível", compartilha emocionada.
Elzemar conta que a primeira vez que Elisa a viu em uma entrevista na televisão, com cerca de 4 anos, apontou para a tela falando "é a mamãe" e chorou emocionada. Além da própria admiração, a filha tem despertado o interesse de outras jovens pela área de perícias. "Ela tem uma coleguinha que diz que quer ser perita criminal que nem eu, e uma vez ela levou a coleguinha em casa e ela fez um monte de perguntas pra mim", relembra a gerente do Laboratório de Genética Forense.
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Fonte de inspiração - Elzemar conta que uma vez Elisa tinha um trabalho escolar para realizar, onde devia entrevistar uma profissional e a escolha foi a própria mãe, que respondeu um questionário da filha. O trabalho deu super certo e foi apresentado em frente a turma toda.
"Eu vejo que ela gosta da biologia, gosta da ciência. Uma vez fez até um trabalho que era construir um foguetinho. Acho que ela vai pra esse lado, talvez não como perita criminal, mas para a área da saúde, da pesquisa, ou da ciência. Como gosta muito de química e biologia, então acredito que ela vá por esse caminho", destaca.
Elisa compartilhou que sempre que está estudando para matérias como biologia, química, física e tem alguma dúvida pensa em primeiro ver se a mãe sabe responder, ao invés de ir buscar na internet. E ressaltou que a na maioria das vezes a mãe sabe, e a ensina.
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Mulheres na PCE/PA - A Polícia Científica do Pará possui atualmente 294 peritos criminais, sendo 36,7% mulheres; 119 peritos médico legal sendo 32,8% mulheres; 162 auxiliares técnicos de Perícia sendo 42% mulheres que atuam diariamente com precisão e eficiência nos laudos emitidos para que a justiça seja feita.