Torneio hípico mostra qualidade do regimento de polícia montada da PM
Desenvoltura, velocidade e preparação. Isso tudo foi apresentado por policias militares e pelos cavalos que fazem parte do Regimento de Polícia Montada do Pará, na 28ª edição do Torneio Hípico Coronel Fontoura, na sede do Regimento de Polícia Montada Cassulo de Melo, no bairro do Benguí, em Belém, no último sábado (26).
O concurso é tradicional. Reúne 30 atletas, que se revezam em duas categorias: uma prova iniciante, com obstáculos de variam de 70 cm a 80 cm de altura, com um “tempo ideal”, pré-estabelecido pela organização do torneio, divulgado apenas no final, em que o vencedor é aquele que ganhar derrubar menos obstáculos e se aproximar do tempo ideal. A outra categoria é a prova principal, que consiste em obstáculos de um metro de altura. Nela, os policiais têm de saltar os obstáculos em forma crescente. Ganha quem concluir o percurso com o menor número de obstáculos derrubados e no menor tempo.
“Os policiais militares que participaram do torneio mostraram a todos que prestigiaram o evento o grau de equitação do nosso cavaleiro, a preparação, pois isso aqui é uma influência direta no nosso policiamento. Então mostra que nossos policiais estão treinados e preparados para atuar”, disse o comandante do Regimento de Polícia Montada, tenente-coronel PM Mauro Matos, destacando que o torneio não é só um evento esportivo, pois tem o objetivo de apresentar toda dedicação e empenho da polícia montada.
Tradição – Após fazer o reconhecimento da pista, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, destacou o entrosamento entre homem e animal no sucesso de operações policiais. “Ao longo de muitos séculos o animal participou da história do homem, por ser inteligente e fiel a quem o monta, e por esta razão sempre esteve presente nas operações militares. A tropa a cavalo compõe um grupamento de prevenção e repressão qualificado. Quando é o caso, ela intimida o criminoso, tem velocidade, poder de choque, e isso é muito importante para a atividade policial”, disse o secretário, que além de observar de perto a desenvoltura dos participantes do torneio, fez questão de também participar da montaria. “Esse momento significa mais harmonia, entrosamento entre os policiais e descontração, por isso estou participando”, acrescentou Jeannot.
O torneio hípico fez parte da comemoração de 197 anos da Polícia Militar do Pará. Para o comandante da PM, coronel Roberto Campos, é mais uma oportunidade de mostrar o que tem sido feito pela corporação à população. “É um momento de festa. São 197 anos servindo e protegendo a comunidade. Hoje estamos mostrando a nossa estrutura, tanto de logística quanto de recursos humanos. É um momento ímpar, e estamos integrados e compromissados com a população”, afirmou.
Na plateia, a cada salto dos cavalos, alunos do quinto ano da Escola Municipal Benvinda de França Messias, do bairro de São Braz, ficavam encantados em conhecer de perto o trabalho da polícia montada. Os estudantes fazem parte do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), considerado o maior programa de prevenção primária da PM, que contempla, também, a família dos educandos na construção de uma cultura de paz nas escolas e na sociedade.
História – A Cavalaria no Pará teve início no ano de 1817. Em 1982, recebeu a denominação de Polícia Montada Antônio Barbosa de Amorim, por meio do Decreto Estadual nº 2.117, de 3 de fevereiro de 1982, por determinação do governador Alacid da Silva Nunes, sob o comando do coronel Faustino Neto. Em fevereiro de 1994, o Esquadrão de Polícia Montada passou a se chamar Regimento de Polícia Montada “Cassulo de Melo”, no governo de Carlos Santos. Em 2004, sob o comando do coronel Carlos Eduardo, passou a ocupar as novas instalações no Centro Integrado de Segurança Pública, próximo ao Estádio do Mangueirão, onde permanece até hoje.
Quem faz parte dessa história é o coronel Jorge Cronemberg que, além de falar da evolução da tropa, destaca o trabalho dos policiais e dos cavalos no tratamento de crianças autistas. “Quando cheguei era apenas um pelotão, e de lá para cá muita coisa mudou. O resultado é exatamente este. Fomos progredindo, e isso foi fruto de muito trabalho, e o clima é sempre de festa. São homens motivados para trabalhar e que procuram desenvolver um trabalho belíssimo com a equoterapia. A cavalaria é isso, é amor, é tradição, é a vontade de fazer mais e mais em favor da nossa sociedade”, declarou.