Hospital Regional da Transamazônica é referência em cirurgias pediátricas
Unidade realizou 327 procedimentos com crianças em 2024
No sudoeste do estado, o Hospital Regional Público da Transamazônica desempenha um papel fundamental no atendimento às crianças da região. As cirurgias pediátricas ganham ainda mais relevância devido a localização geográfica da unidade, que alcança um grande público de nove municípios da região do Xingu e da Transamazônica, seja através de cirurgias eletivas ou de caráter de urgência.
Os pais de Jhon Lorran Santos, de 2 anos, acompanham a internação do filho na unidade de saúde. Em um acidente doméstico, ele se perfurou com uma agulha, que ficou alojada no pulmão. A princípio, o menino foi atendido na emergência de um hospital do município de Medicilândia, mas devido à complexidade do caso, precisou ser transferido para Altamira, sede do Hospital Regional da Transamazônica, onde realizou exames de Raio-X, e permaneceu sob os cuidados das equipes de enfermagem e multiprofissional.
“O paciente apresentava um objeto estranho no interior do tecido pulmonar. Diante da localização, foi necessário realizar uma toracotomia para localizar a agulha e retirá-la por completo. Após o procedimento, o paciente segue estável clinicamente, respira espontaneamente em ar ambiente” esclareceu Alfredo Abud, médico cirurgião pediatra, responsável pela cirurgia.
Após a avaliação médica, os pais de Jhon Lorran estavam tranquilos e satisfeitos com a cirurgia marcada realizada na última quinta-feira (30). Após o procedimento, o menino ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, sem a necessidade de aparelhos respiratórios, com previsão de alta para os próximos dias.
“Foi um alívio muito grande quando o doutor chegou e verificou o que era preciso para retirar a agulha. Nós ficamos muito preocupados com ele, pois tudo aconteceu quando ele estava brincando de se jogar no tapete. Nós achamos estranho quando ele começou a chorar e logo suspeitamos. O nosso medo era que o objeto se deslocasse para outras partes do corpo”, disse Alcemir Santos, pai de Jhon Lorran.
Em 2024, o Regional da Transamazônica realizou 327 procedimentos com pacientes infantis. As cirurgias pediátricas eletivas também têm importante papel para a saúde pública da região, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças a longo prazo. Na unidade de Altamira, os procedimentos mais comuns são:
Herniorrafias - Procedimento para correção de hérnia;
Postectomia – Cirurgia para remoção parcial ou total do prepúcio;
Orquidopexias – Procedimento para reposicionar os testículos no escroto;
Uretroplastias – Correção de defeitos ou anomalias na uretra.
O menino Abner Correia, de 8 anos, foi um dos pacientes de cirurgias eletivas. A família dele mora em Brasil Novo, município distante 46 quilômetros de Altamira. A mãe do paciente relatou que deu entrada do pedido de cirurgia para correção de hérnia na central de regulação do município.
“Faz alguns dias que conversei com ele, disse que essa cirurgia era necessária. Me ligaram e logo a gente se preparou para vir. E eu fico muito feliz que deu tudo certo. A gente se sente confortável sabendo que não foi preciso viajar para longe. Nós conseguimos fazer a cirurgia perto da nossa cidade”, disse Auriene Menezes, mãe de Abner.
O Hospital Regional Público da Transamazônica é gerenciado pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa). Além dos procedimentos cirúrgicos para o público infantil, o hospital dispõe de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica com 5 leitos, UTI Neonatal com 5 leitos e uma Unidade Cuidados Intermediários (UCI) com outras 4 ocupações. Os casos menos graves são direcionados para a Unidade Clínica Pediátrica, com 15 leitos disponibilizados, sob cuidados de uma equipe completa e multiprofissional.
Texto: Jonas Ribeiro / Ascom HRPT