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Hospital Oncológico Infantil encanta crianças com celebração do Dia do Mágico

Momentos de descontração e alegria ajudam a aliviar o cotidiano durante o tratamento

Por Leila Cruz (HOIOL)
01/02/2025 15h08

Na última sexta-feira, dia 31 de janeiro, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo ( Hoiol) viveu um momento de pura magia e alegria. Em celebração ao Dia do Mágico, a unidade preparou uma surpresa especial para os pequenos pacientes e familiares. Com a presença do mágico Dalton Felipe e diversas atrações lúdicas, a brinquedoteca do 2º andar se transformou em um espaço de encantamento e diversão para as crianças, que diariamente enfrentam desafios durante o tratamento e foram transportadas para um mundo de fantasia e risos, onde a dor e as dificuldades pareceram desaparecer por um tempo.

O clima de descontração tomou conta do local com números de mágica que causaram olhares curiosos e  gargalhadas espontâneas do público. Para o artista Dalton Felipe, a arte  representa uma forma de entretenimento e ludicidade para a humanidade expressar as suas necessidades, crenças, desejos e sonhos. Ele contou que precisou estudar e compreender os princípios básicos da mágica, como o misdirection - uma forma de artimanha em que a atenção de um público está focada em uma coisa, a fim de distraí-la para outra, a  psicologia do espectador e as técnicas de manipulação.

“Escolhi essa profissão porque fiquei fascinado pela capacidade de criar momentos mágicos e impactar as pessoas com a arte mágica. A paixão pela magia, a paciência para aprender e a dedicação para praticar os truques são essenciais, assim como a habilidade de entreter e envolver o público.Eu me tornei voluntário no hospital para ensinar as crianças, o amor ao próximo, o cuidado e o respeito. Além disso, contribuir para o desenvolvimento de habilidades pessoais que, normalmente, não desenvolveriam fora deste ambiente”, disse.

Para muitas famílias ali representadas, esse tipo de evento não só oferece uma pausa no tratamento, mas também fortalece o emocional e cria memórias felizes em um ambiente tão desafiador. “É importante para distrairmos a mente, porque estamos no leito com nossos filhos acometidos por doenças tão graves que nos fazem pensar em mil coisas ao mesmo tempo. E com essas ações, a gente consegue se divertir e sentir um  alívio momentâneo da tensão que a luta contra a doença traz para a nossa vida”, disse Rosenilda Dias, 40 anos, mãe do Ravi Matteo, de 1 ano e 3 meses.

A celebração foi organizada pela equipe de Humanização  do  hospital, que tem se empenhado em proporcionar um ambiente acolhedor e humanizado, onde a saúde física e emocional das crianças sejam igualmente cuidadas. Segundo a   brinquedista do Hoiol, Bianca Dominguez, as ações desenvolvidas servem justamente para proporcionar um momento de lazer, prazer e alegria. “Percebemos que realmente conseguimos tirar o foco do tratamento, da doença, do hospital, já que tem algo diferente acontecendo, sendo apresentado a elas. A maioria das crianças presentes nunca tinham visto uma apresentação de mágico, então poder apreciar aquele momento, sem dúvidas foi algo muito significativo e representativo. Isso mostra que o nosso trabalho  vai além realmente de um tratamento com medicação”, disse.

Ainda segundo Bianca, a mágica faz as crianças focarem no que está diante delas, estimulando o raciocínio lógico e cognitivo. “Ao tentar entender os truques, como o desaparecimento da garrafa ou a multiplicação do tecido, elas percebem que há algo além do que os olhos veem. Isso contribui para o desenvolvimento de habilidades mentais e para uma sensação de surpresa e encantamento. A magia também promove bem-estar e humor, funcionando como uma força de transformação. Ela vai além de truques, proporcionando aprendizado e afeto. Por isso, a mágica é tão poderosa para as crianças", completou.

“Eu achei muito legal e importante por conta que cada um tem seus diagnósticos, essas coisas todas. E, pra nós, essa semana foi bem complicada,  porque descobrimos recentemente o que estava acontecendo com ele, e de qualquer forma a gente se sente mais abraçado, né? Eu gostei bastante e tenho que agradecer,  porque a risada é o melhor remédio que tem para nossas dores”, disse Nathália Broges, mãe do André David, de 6 anos.