Engenheiros ambientais: os guardiões do equilíbrio entre desenvolvimento e conservação

Nesta sexta-feira (31), é celebrado o Dia do Engenheiro Ambiental, uma data que reconhece o trabalho essencial desses profissionais na busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação da natureza. No Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), os engenheiros ambientais desempenham um papel fundamental na gestão das Unidades de Conservação (UCs), contribuindo com planejamento, pesquisa e implementação de soluções sustentáveis para os desafios ambientais da região.

Presente em diversas diretorias do órgão, esses profissionais são responsáveis por ações que vão desde o combate ao desmatamento até a criação de estratégias para o uso sustentável dos recursos naturais. Lorena Viana, engenheira ambiental e técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio, explica que sua motivação para seguir a profissão veio do desejo de trabalhar com biodiversidade e buscar soluções para os desafios ambientais. “A gente costuma dizer que somos os advogados do meio ambiente. É uma profissão do presente e do futuro, pois permite contribuir diretamente para a preservação do planeta”, afirma.

Entre os principais desafios da profissão, Lorena destaca a luta contra o desmatamento e a perda da biodiversidade, questões que exigem estratégias inovadoras e grande capacidade de adaptação. Atuando na gestão de cinco tipos diferentes de UCs, ela ressalta a importância da experiência prática adquirida no Ideflor-Bio. “Tem sido fantástico, porque enfrentamos desafios diversos e aprendemos muito no dia a dia. É gratificante ver nosso trabalho sendo aplicado para proteger o meio ambiente”, disse a servidora.

Transformação - O engenheiro ambiental e gerente da Região Administrativa do Marajó, Hugo Dias, conta que escolheu a profissão por acreditar no seu potencial transformador. “Na época do vestibular, era considerada a profissão do futuro, e eu decidi abraçar essa ideia. Hoje vejo que fiz a escolha certa, pois trabalhamos diretamente para conciliar desenvolvimento e conservação”, enfatizou. Para ele, um dos principais desafios da profissão é conscientizar as pessoas sobre a viabilidade do desenvolvimento sustentável. “Ainda há uma visão de que desenvolvimento e meio ambiente são opostos, mas nosso trabalho mostra que é possível conciliar crescimento econômico e preservação dos recursos naturais”.

No Ideflor-Bio, Hugo atua na gestão das UCs do Arquipélago do Marajó, trabalhando para fortalecer as cadeias produtivas das comunidades locais de forma sustentável. “Nosso papel é agregar valor aos produtos das comunidades ribeirinhas e tradicionais, respeitando seus conhecimentos ancestrais e garantindo que as áreas protegidas continuem preservadas. É um trabalho que traz benefícios tanto para o meio ambiente quanto para as pessoas que dependem dele”, explica o dirigente.

Protagonismo - O papel do engenheiro ambiental nunca foi tão crucial. Em um cenário de desafios climáticos globais, esses profissionais seguem à frente de iniciativas que protegem a biodiversidade, promovem o desenvolvimento sustentável e asseguram que o meio ambiente continue sendo um legado para o futuro.

Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, o trabalho dos engenheiros ambientais é essencial para garantir a conservação dos biomas paraenses e o bem-estar das futuras gerações. “Os engenheiros ambientais são protagonistas na construção de um futuro sustentável. No Ideflor-Bio, eles desempenham um papel estratégico, ajudando a implementar políticas que conciliam conservação e desenvolvimento, sempre com base na ciência e no respeito às comunidades locais”, ressaltou.

Ao celebrar o Dia do Engenheiro Ambiental, os profissionais do Ideflor-Bio reforçam a importância da resiliência e da inovação na busca por soluções para os desafios ambientais. Para os que estão ingressando na carreira, Hugo Dias deixa um recado: “Persistam. A única saída para um futuro sustentável é integrar conhecimento ancestral, pesquisa e novas tecnologias para minimizar os impactos ambientais e garantir um mundo melhor para as próximas gerações”, complementou o gerente.