Sespa encerra 'Janeiro Roxo' com mesa-redonda sobre desafios da hanseníase
Sespa promoveu ações educativas e capacitações nos municípios, reforçando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado da doença
Para fortalecer a conscientização, prevenção e combate à hanseníase, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) encerrou a campanha Janeiro Roxo com uma mesa-redonda, realizada nesta sexta-feira (31), na Escola de Governança Pública do Pará (EGPA), em Belém. O evento reuniu profissionais da Atenção Primária para debater os desafios no enfrentamento da doença, enfatizando o diagnóstico precoce e a redução do estigma associado à hanseníase.
Coordenador estadual do Programa de Hanseníase da Sespa, Luiz Augusto Oliveira, destacou a importância da iniciativa. “O objetivo maior desse encontro é proporcionar um espaço de debate e troca de informações com os profissionais da Atenção Primária, que estão na linha de frente da assistência. A ideia é garantir que, em 2025, o trabalho de combate à hanseníase seja contínuo, de janeiro a janeiro, com foco na detecção precoce para evitar sequelas em crianças e adultos”, explicou.
O evento contou com a presença de Jurema Brandão, representante do Ministério da Saúde, além de especialistas e gestores da área. Durante a programação foram apresentados indicadores da hanseníase no Pará e discutidas estratégias para fortalecer a rede de atendimento nos municípios.
Prevenção e diagnóstico - A hanseníase é transmitida pelo contato prolongado com pessoas infectadas que ainda não iniciaram o tratamento. Os sintomas incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda de sensibilidade, dormência e formigamento. O diagnóstico é feito por meio de exame físico dermatológico e neurológico, avaliando possíveis alterações na pele e no comprometimento dos nervos periféricos.
Ao longo do mês, a Sespa promoveu ações educativas e capacitações nos municípios, reforçando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado. “O enfrentamento à hanseníase ocorre o ano todo, e a parceria com os municípios é essencial para ampliar o alcance das ações”, destacou Luiz Augusto Oliveira.
A Sespa reforça que qualquer pessoa que apresente sintomas deve procurar uma unidade de saúde para avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento, que é gratuito e disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Texto: Bianca Botelho – Ascom/Sespa