Evolução da assistência pediátrica na Santa Casa do Pará é destaque nacional
Em artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, três médicos abordam a 'História e impacto na pediatria, formação profissional e pesquisa científica' na centenária instituição de saúde pública
O artigo intitulado “Santa Casa do Pará: História e impacto na pediatria, formação profissional e pesquisa científica”, assinado por três médicos que atuam nas áreas de Assistência e Ensino da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), em Belém, consta da edição de janeiro do Boletim da Academia Brasileira de Pediatria, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O texto de quatro páginas é de autoria de Patrícia Barbosa, doutora em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Mary Maia, doutora em Farmacologia e Bioquímica pela UFPA, e Emmerson Farias, doutor em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria, pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles contam um pouco da história da Santa Casa, a partir da estruturação do Serviço de Pediatria, desde a década de 1970 até os dias atuais.
Além dos aspectos relacionados à assistência pediátrica, a produção científica apresenta o importante papel do investimento na qualificação dos profissionais da Santa Casa, consolidada como um hospital-escola e instituição que produz ciência.
Papel histórico - O médico Emmerson Farias avalia a contribuição de todos esses elementos para que os serviços e a estrutura da Santa Casa do Pará chegassem ao patamar profissional e tecnológico da atualidade.
Segundo ele, “a Santa Casa do Pará tem um papel histórico dentro da assistência e ensino médico, e na área de saúde no Pará e na região Norte do Brasil. O produto final atual é a soma das inúmeras gerações de profissionais da área da saúde que atuaram e continuam atuando na assistência médica, ensino e pesquisa ao longo dessa caminhada em busca da excelência. Eu não poderia deixar de citar como baluartes dessa consolidação a doutora Salma Saraty e o doutor Sidney Barbosa, que são profissionais que influenciam gerações de novos profissionais, embutindo nestes o sentimento de pertencimento e devoção à maior instituição materno-infantil da região Norte. Considero que o motor propulsor da Santa Casa é gente cuidando de gente com respeito, empatia e competência”.
Ainda atuando no Ambulatório de Pediatria da Santa Casa, a médica Ana Celina Borges é uma das profissionais citadas no documento. Ela, que contribuiu para que a instituição fosse hoje a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, hospital de referência materno-infantil para todo o Estado, dá um exemplo do resultado que essa construção pode trazer hoje para os profissionais e a sociedade.
“Hoje, realmente, a Santa Casa é um hospital de linha, de assistência especializada, com muitas vidas salvas e muitas crianças, principalmente crianças, como eu vi essa semana, um neném de 26 semanas de vida, lindo e maravilhoso, ir lá na urgência comigo, sem nenhuma sequela”, disse a pediatra.
Reconhecimento - Outros médicos citados como tendo um papel de protagonismo nesse período da história foram Maria Pedrosina Filo Creão, Amélia Macedo, Mariane Franco, Lena Stilianidi, Cleonice Aguiar, Socorro Belarmino e Madalena Furtado. Outros profissionais de saúde e gestores da Santa Casa deram seus depoimentos para o artigo, cuja publicação no boletim da SBP é considerada oportuna.
A diretora de Ensino e Pesquisa da FSCMPA, Erica Nascimento, destacou que “essa divulgação é extremamente significativa, pois gera reconhecimento institucional e fortalece a imagem da Santa Casa como referência em assistência e ensino, a nível nacional. Portanto, a atuação da Diretoria de Ensino e Pesquisa tem um papel transformador, impactando não apenas na qualidade do atendimento na Santa Casa, mas também na formação de profissionais que levarão esse padrão de excelência para outros contextos”.
O artigo pode ser acessado no endereço: https://www.sbp.com.br/especiais/boletimabp-janeiro25/historias-da-pediatria/
