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Espaços Culturais da FCP: um compromisso com a difusão da arte e da cultura no Pará

Saiba como se apresentar nos teatros ou expor nas galerias gerenciadas pela Fundação

Por Helena Saria (FCP)
30/01/2025 14h44

A Fundação Cultural do Pará (FCP) administra diversos equipamentos públicos na capital, com sua sede na Avenida Gentil Bittencourt, em um prédio que abriga a maior biblioteca pública da cidade, além do Cine Líbero Luxardo, do Teatro Margarida Schivasappa e das galerias Theodoro Braga e Benedito Nunes. O local conta ainda com o Centro de Eventos Ismael Nery (CEIN) e a Praça do Povo, ampliando as opções de espaços culturais e de convivência. Além da sede, a FCP também gerencia outros importantes equipamentos culturais, como a Casa das Artes, a Casa da Linguagem, o Curro Velho e o Teatro Experimental Waldemar Henrique. 

Esses espaços são utilizados praticamente durante todo o ano para receber uma diversidade de manifestações culturais, como espetáculos de dança, peças de teatro, sessões de cinema, apresentações circenses, expressões de folclore e folguedos, quadrilhas, autos natalinos, autos juninos e muitas outras formas de cultura popular do nosso estado. De maneira geral, esses espaços são ocupados por artistas ou grupos premiados nos diversos editais promovidos pela FCP. No entanto, a Fundação também disponibiliza esses espaços, de forma gratuita ou onerosa, nos períodos em que não estão reservados para projetos contemplados pelos editais.

É importante que os produtores engajados na promoção da cultura saibam que podem acessar esses espaços seguindo um processo específico, facilitando ainda mais o incentivo à produção cultural na nossa cidade. Desde o começo do ano, é possível solicitar pautas para os teatros e as galerias, oferecendo uma oportunidade para artistas e grupos levarem seus espetáculos e exposições aos palcos e galerias de referência na cena cultural paraense. O agendamento segue um cronograma e exige o cumprimento de etapas importantes.

No caso do Teatro Margarida Schivasappa, as solicitações de pautas são divididas por semestre. Para o primeiro, os pedidos devem ser enviados no primeiro dia útil de novembro do ano anterior, enquanto para o segundo semestre, o prazo começa no primeiro dia útil de maio do mesmo ano. O processo de solicitação requer o envio de um ofício em nome da presidência da FCP para [email protected]. No documento, deve constar uma breve descrição do evento, a data pretendida para realização, a assinatura (de próprio punho ou via Gov.br), e-mail e telefone. Caso a data solicitada não esteja disponível, o teatro entrará em contato para sugerir alternativas. 

Além das informações sobre os processos de agendamento, é importante destacar os valores das pautas no Teatro Margarida Schivasappa. Para eventos regionais, o custo da pauta é de 1.500 reais de terça a quinta-feira e 2.000 reais de sexta a domingo. Já para eventos nacionais, os valores são de 2.000 reais de terça a quinta-feira e 2.500 reais de sexta a domingo. Caso haja necessidade de uma sessão extra, o valor adicional será de 50% do custo da pauta correspondente ao dia do evento. 

O gerente do Teatro Margarida Schivasappa, Olivar Barreto, ressalta que o TMS, assim como outros espaços da Fundação, tem sido palco de ações inclusivas, como a isenção de custos para escolas públicas e projetos comunitários. "Acho fundamental o trabalho que a FCP faz de apoiar ações voltadas para o social. Muitas vezes já demos isenção de pauta, seja para escolas públicas, seja para projetos de bairros periféricos, como a Terra Firme, que desenvolve trabalhos com crianças", afirmou Barreto. Ele citou exemplos de apresentações realizadas por alunos de escolas das ilhas de Belém que trouxeram espetáculos de dança e teatro ao espaço.

Além disso, Barreto enfatizou o impacto positivo dessas iniciativas, especialmente para o público infantil, que tem acesso a atividades artísticas e culturais. "Sei o quanto isso pode fazer pessoas sonharem e pensarem em alcançar coisas que não haviam pensado antes", explicou. Barreto, que também é artista e já se apresentou no teatro, reforçou a importância do espaço e a capacidade da Fundação de transformar vidas através da cultura.

No caso do agendamento do Teatro Waldemar Henrique (TWH), o primeiro passo é entrar em contato pelo e-mail ([email protected]) ou telefone (91) 98406-9824, que também é WhatsApp. No primeiro contato o objetivo é alinhar uma data para realização do evento e o próximo passo é enviar um ofício para a Presidência da FCP via e-mail ([email protected]), fazendo a solicitação formal. Depois, o valor da pauta é calculado de acordo com o dia escolhido: para eventos regionais, a pauta custa 400 reais de terça a quinta, e 500 reais de sexta a domingo; para eventos nacionais o valor é de 1.500 reais para qualquer dia da semana. É importante lembrar que o TWH tem capacidade para 200 pessoas.

Celeste Iglesias, gerente do TWH, destaca que o espaço, localizado na Praça da República é um edifício tombado como patrimônio histórico e recebe muitos turistas. “Muitas pessoas que passam pela frente do teatro não sabem o que ocorre aqui, elas nos procuram em busca de teatro", explica. O técnico de sonorização Hélio Cereja também é responsável pelas visitas guiadas, contando toda a história do teatro. O público, geralmente grupos de até 20 pessoas, pode participar dessas visitas de terça a sexta-feira, de forma gratuita. Celeste ressalta que os visitantes se surpreendem ao conhecer o espaço. "Aqui é um local experimental, sem uma plateia fixa. O espaço permite a montagem de espetáculos de diversas formas, seja como palco italiano, arena ou semi-arena, dependendo da criatividade da produção", afirma ela.

Já o processo para agendar uma exposição nas Galerias Teodoro Braga e Benedito Nunes segue etapas semelhantes ao do teatro, mas com algumas particularidades. Os artistas ou grupos interessados devem enviar um ofício para [email protected]. Segundo Eliane Moura, Gerente das Galerias da Fundação Cultural do Pará (FCP), o primeiro passo é enviar o ofício, que deve ser endereçado ao presidente da Fundação, solicitando a pauta da galeria. Junto a esse ofício é necessário anexar o projeto da exposição, com o currículo dos artistas, do curador e da equipe envolvida, além de um memorial, caso seja uma instalação, e imagens das obras que serão apresentadas. O currículo atualizado do artista, com links de sua produção, também é um requisito. “Esse material, num primeiro momento, vai para a equipe de curadoria da galeria, que vai avaliar esse projeto, porque ele tem que estar de acordo com as normas da galeria e ter relevância também. Por isso que a gente pede, se tiver uma planta, uma perspectiva de como ele vai usar o espaço, quanto tem que colocar, quantas obras ele vai expor. Enfim, é um processo muito parecido com o processo do edital, só que não tem prêmio”, explica Eliane.

Com essa iniciativa, a Fundação Cultural do Pará reafirma seu compromisso com a promoção e difusão da cultura no estado, oferecendo estrutura e espaços qualificados para que artistas locais possam desenvolver e apresentar seus trabalhos. A iniciativa contribui para a valorização da produção artística paraense e para a formação de um público culturalmente engajado.