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SAÚDE MENTAL

CIIR e Cetea encerram programação do Janeiro Branco com seus usuários e acompanhantes

A mobilização contou com dinâmicas e rodas de conversa voltadas para colaboradores, usuários e acompanhantes

Por Governo do Pará (SECOM)
29/01/2025 15h45
No Cetea, durante a dinâmica, a equipe multiprofissional desenhou uma casa e destacou as ações de manutenção para garantir saúde e bem-estar.

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) e o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), encerram programação de educação em saúde referente ao “Janeiro Branco”, nos dias 24 e 27 deste mês, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental e emocional, que teve como tema "Saúde mental enquanto há tempo!". 

A mobilização, organizada pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), nas duas instituições, contou com dinâmicas e rodas de conversa voltadas para colaboradores, usuários e acompanhantes, chegando a aproximadamente 100 participantes.

CIIR - A programação foi realizada dia 27, no Hall do Centro Especializado de Reabilitação IV (CER IV), pela tarde, conduzida pela facilitadoras Mônica Santiago, enfermeira do CER IV e pós-graduanda em UTI Adulto e Neonatal, e Roberta Rabello, psicóloga do CER IV, especialista em Neuropsicologia e pós-graduanda em Análise de Comportamento Aplicada.

No CIIR, dinâmica com balões emocionou participantes

Para Mônica Santiago, a campanha incentivou estilos de vida saudáveis, práticas de autocuidado e o combate à discriminação contra pessoas com sofrimento psíquico, sugerindo uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. “Além disso, ainda estimulou a procura por ajuda profissional, o cuidado contínuo e o fortalecimento do acesso a serviços de saúde, ampliando a rede de apoio".

Aprovação - Antônio de Carvalho, pedreiro e pai solo de Antoni Carvalho, cinco anos, portador de síndrome de Down, assistido pelo CIIR há 4 anos, mora no bairro do Cabanagem, em Belém. Ele acompanha o filho nas terapias, como fonoaudiologia e terapia ocupacional.

"Eu achei a iniciativa excelente. Foi importante conversar com outras pessoas, algo que raramente consigo fazer, já que dedico meu tempo quase todo ao cuidado com meu filho. Hoje, percebi a importância de cuidar da minha própria saúde também. Recomendo que as pessoas busquem uma atividade física, pois faz diferença. Foi maravilhoso e muito importante".

De acordo com a psicóloga Roberta Rabello, a roda de conversa teve como objetivo aproximar usuários, responsáveis e colaboradores do tema da saúde mental. "A mobilização do Janeiro Branco envolve aspectos econômicos, sociais, físicos e emocionais. A roda de conversa foi escolhida por permitir a interação, o esclarecimento de dúvidas e a troca de experiências, promovendo a quebra de tabus e preconceitos. A saúde mental é essencial e deve ser acessível a todos. Nosso propósito foi criar um espaço de diálogo para fortalecer essa conscientização e construir uma sociedade mais informada e acolhedora".

O objetivo da mobilização parece ter atingido sua finalidade junto aos públicos do evento. Entre os participantes, Girleia Ferreira, dona de casa e mãe de Rayka Jaqueline Ferreira Franklin, 16 anos, estudante com deficiência intelectual, assistida pelo CIIR há quase seis anos na área de reabilitação, residente de Ulianópolis, compartilhou sua experiência.

"Foi muito boa. É importante perceber a preocupação não só com os pacientes, mas também com os familiares, que também precisam de apoio. Foi um momento de desabafar, ser ouvida e compreendida. Compartilhar histórias com outras pessoas nos une e amplia a visão sobre o dia a dia de cada um”.

A ação educativa no Cetea focou no cuidado de quem cuida, já que nossa equipe está sempre envolvida com o bem-estar dos outros, mas também precisa de atenção à sua própria saúde mental, disse Samilly Batista.

Ela destacou a necessidade de cuidar da própria saúde para cuidar dos  filhos. “Se a base não está firme, como oferecer apoio? Ter saúde mental e estrutura emocional é essencial para sermos o alicerce deles. Procure ajuda, desabafe, não guarde tudo para si. Se um balão for enchido demais, vai estourar. Aliviar a mente é fundamental para se manter firme".

Cetea - Na instituição, o evento de saúde foi realizado dia 24, com o tema "Janeiro Branco: o que fazer pela saúde mental agora e sempre?". A ação foi conduzida pelos psicólogos do Centro, Joana Shelly Barata Porto e João Vitor Oliveira, ambos especialistas em intervenção voltada para a Análise de Comportamento Aplicada (ABA).

Para Samilly Batista, coordenadora assistencial do Cetea, a programação teve a proposta de sensibilizar colaboradores, terapeutas, acompanhantes e a comunidade sobre o cuidado com a saúde mental. “Nosso foco é cuidar de quem cuida, já que nossa equipe está sempre envolvida com o bem-estar dos outros, mas também precisa de atenção à sua própria saúde mental".

Samilly afirmou que foi gratificante superar as expectativas, com grande adesão e discussões sobre o gerenciamento das emoções. “Essa troca foi essencial para reforçar a importância do cuidado emocional em quem está na linha de frente", concluiu.

Samilly Batista, coordenadora do Cetea, e os pscólogos João Vitor Oliveira e Joana Shelly Barata Porto.

Referência – O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é referência no atendimento a pessoas com deficiência (PcDs), promovendo inclusão social e reabilitação com uma equipe de profissionais qualificados. Localizado em Belém, o CIIR é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Serviço: O CIIR/Cetea é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Sespa. O Cetea funciona na Rua Presidente Pernambuco, nº 489, bairro Batista Campos, em Belém. O CIIR está localizado na Rodovia Arthur Bernardes, nº 1000, também na capital paraense. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59.

Texto: Vera Rojas, com informações de Tarcísio Barbosa - Ascom/CIIR