Sespa executa projetos de atenção à saúde do idoso em todo o Estado
Em alusão ao Dia Mundial do Idoso, comemorado nesta quinta-feira (1), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), através da Coordenação Estadual de Saúde do Idoso, trabalha em consonância com a Coordenação Nacional da Pessoa Idosa (Cosapi), Departamento de Atenção Especializada e Temática (Daet/ SAS) e o Ministério da Saúde, tendo como marco legal a Política Nacional de Saúde do Idoso, com a finalidade de recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim.
Atualmente a coordenação executa o projeto de “Oficina de capacitação de avaliação multidimensional da pessoa idosa e prevenção da violência”, destinado aos profissionais da atenção básica do Estado. Estão sendo capacitados 400 profissionais com o objetivo de formar multiplicadores e implementar a avaliação multidimensional da pessoa idosa, usando um instrumento de rastreio IVCF 20 (Índice de Vulnerabilidade Clinico Funcional) que possibilita ao profissional identificar o idoso de risco e de forma precoce intervir ou referenciá-lo aos serviços disponíveis nas redes que possam reverter ou minimizar a situação detectada no idoso.
Segundo a coordenadora estadual da Saúde do Idoso, Valdinéa Almeida, no Brasil comemoram-se os doze anos do Estatuto do Idoso, Lei 10.741 de 1º de outubro de 2003. “É o momento que paramos para refletir na temática do envelhecimento no mundo e particularmente em nosso país. Hoje tem-se uma população estimada em 201,5 milhões, sendo 26 milhões de pessoas idosas, que correspondem à 13% da população total”, diz.
No Pará a população total é de 7.822.205 pessoas (segundo o Datasus 2012), das quais 549.470 são maiores de 60 anos, que equivalem a 7% da população total. O município de Belém tem uma população Idosa de 131.517 pessoas, o que equivale a 9,3% da população total, que é de 1.410,430 habitantes. É, por isso, considerado um município envelhecido, pois segundo os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir de 7% a população é considerada envelhecida, com tendência a crescer. A maior concentração desse público está na região Metropolitana de Belém.
Outro projeto implantado é a nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, estratégia importante para o desenvolvimento de ações voltadas à pessoa idosa no Estado. O instrumento, que foi reformulado, está em processo de implantação. Permitirá o registro e acompanhamento, pelo período de cinco anos, com informações sobre dados pessoais, sociofamiliares, condições de saúde, hábitos de vida, identificando o idoso em maior risco de vulnerabilidade para, assim, orientá-lo sobre cuidados e referenciá-lo a outros pontos de atenção da rede de serviços.
A coordenação estadual também tem trabalhado na assessoria técnica aos municípios na implantação dos serviços de atenção domiciliar, como o Programa Melhor em Casa, que tem um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicilio. “O programa dá a garantia de continuidade dos cuidados, integrado às redes de atenção à saúde. Segundo pesquisas nacionais, 68,9% dos atendidos neste serviço são pessoas idosas. Hoje no Estado temos o serviço implantado em 16 municípios, um trabalho que tem contribuído para melhorar os serviços disponíveis na rede básica, melhorando a qualidade de vida dos usuários”, diz Valdinéa.
A população idosa tem acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Atenção Básica – Estratégia Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Urgência e Emergência e Núcleos de Apoio à Saúde da Família, que devem referenciar essas pessoas aos demais níveis de complexidade, como ambulatórios de especialidades, serviços de atenção domiciliar, polos de dispensação de medicação para Alzheimer e Parkinson e rede hospitalar.
