Defensivos alternativos: uma maneira de afastar pragas sem agredir o meio ambiente
Uso desses produtos é reforçado pelo Ideflor-Bio no Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Calda bordaleza, calda de fumo, plantas repelentes. Esses são alguns tipos de defensivos alternativos ou naturais que podem ser usados em plantações, sem causar danos ao meio ambiente. O uso desses produtos foi reforçado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), no sábado (11), data em que é celebrado o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos.
Os agrotóxicos são utilizados em áreas de cultivo para combater pragas, fungos e outros tipos de agentes que destroem ou diminuem a produtividade da lavoura. Eles são divididos em cinco categorias, cada produto tem uma função específica. O manejo irregular desses produtos pode causar danos ao meio ambiente.
Segundo a engenheira agrônoma e diretora de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio em exercício, Laura Dias, esses pesticidas deixam resíduos nas plantações e nos frutos. “No ser humano e nos animais, quando o excesso de agrotóxico ou até mesmo a pequena quantidade usada, dependendo da característica da sua imunidade, pode causar reações rápidas ou acumular no corpo, que dependendo da quantidade usada, pode acarretar em problemas futuros”, afirma.
Náuseas, diarréias, tontura e dificuldade de respirar são alguns dos efeitos dos agroquímicos no organismo. O acúmulo desses agentes químicos no corpo também pode causar leucemia, câncer de pele, alterações neurológicas e até mesmo levar à morte.
Alternativas - Por outro lado, os defensivos naturais são produtos que trazem benefícios para o produtor rural e consumidor. “Essa estratégia traz muitos benefícios porque não vai haver contaminação do solo e da água. Além disso, vai preservar a fauna e os mananciais”, complementou Laura Dias.
O engenheiro agrônomo e gerente do Escritório Regional do Xingu do Ideflor-Bio, Israel de Oliveira, comentou que esses agentes podem ser utilizados também para afastar insetos que afetam as lavouras, assim como fungos. “O óleo de nim, que é um extrato de azadiractina, é um óleo inseticida. Você vai aplicar e não vai ter um efeito colateral para o meio ambiente. Nós podemos usar o trichodermil, que é um controle biológico de fungo”, frisou. Ele ressalta, ainda, que é preciso ter atenção ao receituário de uso de cada defensivo natural, para manter a quantidade e a eficiência da ação desses produtos.
Texto: Sinval Farias (Ascom/Ideflor-Bio)