Curso de mudas incentiva criação de sistemas agroflorestais no Marajó
Ação foi realizada em conjunto pelo Ideflor-Bio e Instituto Belterra
Um curso de mudas foi promovido na cidade de Soure, no Arquipélago do Marajó, na última terça e quarta-feira, 7 e 8, respectivamente, e incentivou a criação de sistemas agroflorestais (SAFs) na região. A iniciativa foi realizada pelo Instituto Belterra em parceria com o Escritório Regional do Marajó Oriental do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).
O curso faz parte da colaboração com o Projeto Marajó Resiliente, para plantar 800 hectares de SAFs em áreas de agricultores familiares e comunidades quilombolas dos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari.
Produção Sustentável - De acordo com o engenheiro florestal do Ideflor-Bio, Daniel Francez, a ação incentiva a produção com sustentabilidade. “Substituindo uma agricultura de monocultivo, que muitas vezes degrada o solo, a biodiversidade, o meio ambiente, por SAFs que são sistemas mais sustentáveis. Porque mantém a cobertura florestal associada com a agricultura”, enfatizou.
Ele ressalta, ainda, que essa forma de cultivo traz benefícios ambientais, econômicos e sociais para as comunidades que adotam as agroflorestas. “Entre as vantagens ambientais, podemos citar a diversificação de espécies que vão reproduzir os processos ecológicos que ocorrem na floresta. Onde a gente vai ter componentes arbóreos, que vão compor um extrato superior e, também, componentes arbustivos e herbáceos”, complementou Daniel Francez.
O Projeto Marajó Resiliente é uma ação da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, em parceria com o Fundo Verde do Clima (GCF, na sigla em inglês) e a Fundação Avina para o desenvolvimento da agroindústria sustentável na região.
Texto de Sinval Farias / Ascom Ideflor-Bio