Quilombolas de Cametá serão beneficiados com título coletivo de terras
O Instituto de Terras do Estado do Pará (Iterpa) entrega nesta quarta-feira (25), no município de Cametá, região do Baixo Tocantins, mais um título coletivo de terra para beneficiar comunidades remanescentes de quilombos no Estado. Desta vez, a comunidade contemplada será a da Ilha Grande Cupijó, de 1.932 hectares, localizada no ramal da Ilha Grande e onde vivem 75 famílias que desenvolvem atividades produtivas baseadas na agricultura de subsistência, pesca, coleta de açaí, produção de farinha e de pequenos animais.
Com a entrega de mais esse título, já são quatro comunidades beneficiadas somente na atual gestão: duas em Garrafão do Norte e uma em Moju, beneficiando cerca de 1.600 moradores, distribuídos em mais de 3.800 hectares. “Até o próximo ano, queremos avançar ainda mais com a entrega de títulos aos remanescentes de quilombos, demonstrando o compromisso do governo com essas populações tradicionais”, afirma o presidente do Iterpa, Daniel Lopes, que estará na região para entrega do documento às famílias.
Ao todo, 58 áreas de remanescentes de quilombos já foram tituladas no Estado. Dessas, 50 títulos foram expedidos pelo Iterpa, que montou uma força tarefa no órgão para tornar mais ágil esse processo. Até o próximo ano, a previsão é de que mais seis comunidades sejam beneficiadas, contemplando os municípios de Acará, Abaetetuba, Baião, Moju e Prainha. A entrega de mais esses títulos irá beneficiar mais de 850 famílias em um território de mais de 28 mil hectares, conforme explicou o gerente de Comunidade Quilombolas do órgão, Nelsivaldo de Jesus Bargas.
Além da titulação da área da comunidade da Ilha Grande do Cupijó, o Iterpa vem desenvolvendo outras frentes de trabalho na região do Baixo Tocantins visando à regularização fundiária em terras quilombolas. Na comunidade Umarizal, localizada nos municípios de Baião, Bagre e Oeiras, vem sendo feito o georreferenciamento da área, de 28 mil hectares, onde vivem cerca de 850 famílias.
O Iterpa também garantiu a indenização de seis áreas nas comunidades Espírito Santo, no Acará, e Ramal do Caeté, em Abaetetuba, no valor de R$ 250 mil.