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SAÚDE

Políticas para a saúde do homem são compartilhadas em oficina realizada pela Sespa

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/10/2015 15h33

Integrantes da equipe da Coordenação Estadual de Saúde do Homem iniciaram nesta terça-feira, 6, em Belém, uma oficina mista para a implantação da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem para os municípios da região do Marajó, abrangidos pelos 7º e 8º Centros Regionais de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A atividade acontece até a quinta-feira, 8, no auditório da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan). 

“O objetivo dessa política é fazer com que os homens se aproximem mais das Unidades Básicas de Saúde. Lá, eles podem realizar o cuidado preventivo de sua saúde, pois eles tipicamente só procuram o serviço de saúde quando são acometidos por alguma doença. E nosso foco é a prevenção”, explicou o coordenador estadual de Saúde do Homem, Carlos Sales Júnior, durante a abertura das atividades, cujo conteúdo abrangerá a necessidade da compreensão da realidade da população masculina inserida em diversos contextos socioculturais e político-econômicos, sobretudo no Pará.

Carlos Sales Júnior atentou ainda para o fato de que a oficina em questão é voltada para orientar as redes municipais de saúde, que precisam se estruturar para atender as demandas da população masculina e sensibilizar para o autocuidado, para que busque com mais frequência a assistência médica e não só quando já se encontrem doentes.

O odontólogo Andrei Porpino, outro membro da Coordenação Estadual de Saúde do Homem, enumerou uma série de estatísticas relacionadas às condições de saúde dos homens que vivem – e viveram – no Pará. Conforme apresentou, a principal causa de internação masculina no Estado é por causas externas, devido a esfaqueamentos, traumatismo e envenenamento: só entre 2011 e 2014 foram 93.644 registros. Na sequência e no mesmo período, as internações masculinas foram oriundas de doenças infecciosas e parasitárias (70.837); doenças do aparelho digestivo (64.101); doenças do aparelho respiratório (59.139); doenças do aparelho circulatório (53.699); doenças do aparelho geniturinário (38.620); doenças da pele e do tecido subcutâneo (13.422); doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (15.314); doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo (10.142) e cânceres (9.277).

Em sua explanação sobre o assunto, Andrei Porpino também destacou que o cenário de violência no país tem causado mais mortes entre a população masculina, sobretudo na faixa etária entre 20 e 59 anos. “Por esses dados há de se reconhecer que a concepção de masculinidade tão historicamente reforçada pela sociedade só fez com que os homens ficassem mais vulneráveis às doenças crônicas, por exemplo, e à morte mais precoce se comparamos com os da população feminina”, atesta, ao lamentar ainda que muitas perdas poderiam ser evitadas se não fosse o preconceito revestido pela resistência masculina diante da procura pelos serviços de saúde, particularmente da atenção básica.

Na pauta da oficina, os participantes também debaterão sobre os sentimentos dos homens em relação a cuidar da saúde e se ausentar do trabalho; a contínua capacitação dos profissionais em saúde do homem e no conhecimento sobre a Política Nacional de Atenção Integral à saúde do Homem (PNAISH) e orientações sobre como acolher melhor o homem nos serviços de saúde e encaminhá-los aos serviços de referência da forma mais prática possível.

Confira o restante da programação do evento

Dia: 07/10 (quarta)

8:00 – Eixo 4: Principais doenças / condições crônicas

8:30 – Principais causas de morbimortalidade entre os homens

9:00 – Apresentação e discussão dos Resultados da PNS e Vigitel

10:00 – Equipamentos sociais e instrumentos utilizados na prevenção e controle das DCNTs

11:00 – Apresentação do IPS e da minuta do Plano Estadual de Obesidade

12:00 – Intervalo para o almoço

14:00 – DST/aids e prevenção

 

Dia: 08/10 (quinta)

8:30 – Hepatites virais

10:00 – Experiências exitosas

11:00 – Identificação da rede de atendimento à saúde do homem

12:00 – Encerramento

Mais informações sobre a atividade podem ser obtidas pelo telefone (91) 4006-4276.