Travestis e transexuais do Pará ganham ambulatório de saúde integral
O Pará ganha nesta quinta-feira (8) o primeiro Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais. O novo espaço terá uma equipe multissetorial que inclui assistentes sociais, endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, psiquiatras e enfermeiros. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Gerência de Livre Orientação Sexual (Glos), em cumprimento à Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), instituída pela Portaria nº 2.836, do Ministério da Saúde. Será o sexto ambulatório que oferece esse tipo de serviço gratuitamente no Brasil.
Quem procurar o serviço de hormonização (modificação na corporalidade, com uso de hormônios, que pode ser reversível, irreversível ou até parcialmente reversível, dependendo do caso) passará, primeiramente, por sessões com vários profissionais da área da saúde, que irão elaborar um laudo analisando se a pessoa está convicta do que quer. “O ambulatório é um espaço onde a pessoa terá o direito de ter o gênero que ela possui, como o menino que se vê como menina e decide procurar meios de se aceitar desta forma. A intenção é trazer o resgate da cidadania, do respeito e da própria assistência a essas pessoas”, diz o titular da Glos, João Augusto dos Santos.
O ambulatório será inaugurado nesta quinta-feira (8), às 10h, no prédio da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecto-Parasitárias e Especiais (Uredipe), localizada na Travessa Magno de Araújo, Passagem Izabel, s/n, no bairro do Telégrafo, em Belém. A gestão do ambulatório será feita em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Comitê Técnico Estadual de Saúde à População de Lésbicas, Gays, Bisexuais, Travestis e Transexuais. A previsão é que cerca de 160 usuários sejam atendidos por mês.