Adepará realiza controle da raiva no município de Muaná, no Marajó
A região dos focos compreende 21 propriedades rurais. Até o momento não foram encontrados novos animais com sinais clínicos compatíveis com a doença
Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) estão na região do Marajó realizando ações de saneamento dos focos de raiva detectados no município de Muaná, por meio de visita às propriedades rurais existentes no raio de até 12 km a partir dos locais onde foram coletadas amostras para diagnóstico da doença.
O trabalho consiste na orientação técnica aos produtores, atividades de educação sanitária, notificação da vacinação obrigatória de herbívoros, busca por novos casos, captura de morcegos hematófagos e apoio à vacinação de herbívoros em pequenas criações.
Todas as ações de prevenção à doença estão sendo realizadas em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Muaná.
A região dos focos compreende 21 propriedades rurais, com 44 explorações pecuárias, que estão sob vigilância ativa da Adepará, sendo que até o momento não foram encontrados novos animais com sinais clínicos compatíveis com a doença.
A Agência de Defesa reforça que segue realizando as ações de saneamento dos focos já identificados e alerta para a obrigatoriedade da vacina nas áreas próximas. “A Adepará irá notificar as 21 propriedades que estão no raio de até 12 km do foco para que façam a vacinação obrigatória e, no restante do Marajó, estamos orientando que os produtores adquiram as vacinas, vacinem os animais e comuniquem à Adepará, pois desta forma teremos maior eficácia na prevenção da doença", orienta a fiscal estadual agropecuária Krishna Tabosa.
Notificação ajuda no controle da doença - Assim que foi notificada da presença de muar e bubalino apresentando sinais clínicos de síndrome neurológica, a Adepará imediatamente deslocou uma equipe técnica para realizar o atendimento das notificações em propriedades rurais distintas. Após avaliação clínica, foi feita a coleta de amostras para diagnóstico da raiva e enviadas à Belém. O resultado das amostras colhidas em Muaná foi positivo à raiva, iniciando-se o protocolo de saneamento de foco.
Raiva - É uma doença infecciosa viral aguda e grave, que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo o homem. Sua transmissão se dá por meio, principalmente, do contato com a saliva de animal infectado. É uma doença de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial do País, que pode ser evitada por meio da vacinação dos rebanhos susceptíveis como forma preventiva e, na ocorrência da doença, a vacinação torna-se obrigatória na região afetada.
Em animais de produção (bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, caprinos e ovinos), a doença geralmente se inicia com o isolamento voluntário do animal, apatia, perda do apetite. O animal também fica irrequieto, salivação abundante, dificuldade para engolir, movimentos desordenados da cabeça, ranger de dentes, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações musculares involuntárias. A morte do animal ocorre entre 3 e 6 dias após o início dos sinais.
A Agência de Defesa informa que a doença não é trasmitida pelo consumo de carne e orienta que, na ocorrência de animais com sinais clínicos compatíveis com a raiva em herbívoros, notifique-se a suspeita junto a um dos escritórios da Adepará ou por meio deste endereço eletrônico.