Oficinas de implementação do Plano ABC+ Pará seguem pelo Estado com ampla participação
Os técnicos têm conseguido levantar as aptidões produtivas de cada polo regional, escutar e sensibilizar diversos agentes sobre a importância do Plano ABC+ em todo o Pará
Seguem pelo Estado as oficinas de implementação da 1ª Fase do Plano ABC+ Pará, denominado Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável. Depois do município de Paragominas, dessa vez a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) passou por Redenção, Altamira e Marabá. Os técnicos têm conseguido levantar as aptidões produtivas de cada polo regional, escutar e sensibilizar diversos agentes sobre a importância do Plano ABC+ em todo o Pará.
O técnico da Regional Carajás da Sedap, Fabio Alves, destacou a troca de conhecimentos nas oficinas. “O evento foi muito produtivo, tirou dúvidas sobre o programa ABC, abriu conhecimentos para mim como técnico e gestor, tirou dúvidas de agricultores e foi produtivo para os secretários de agricultura, que agora têm uma nova ferramenta para utilizar nos sistemas agroflorestais. Todo mundo teve a oportunidade de se expressar e isso é muito importante dentro do processo”, ressalta.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cumaru do Norte, José Maria Barbosa da Silva, revelou a intenção de compartilhar o conhecimento adquirido nas oficinas. “É a primeira vez que eu estou participando. Gostei muito e quero levar para o meu município muitas coisas importantes que eu ouvi com atenção. Obrigado!”, pontua.
Diálogo com diversos segmentos - A liderança indígena Sheyla Juruna, povo Yudjá, que é presidente da Associação das Famílias Juruna, residentes na Terra Indígena Juruna, no quilômetro 17 da cidade de Altamira, destacou a importância de dialogar com diversos segmentos.
“Para mim é muito importante que nós indígenas, lideranças, participemos dessas discussões e também esse diálogo é importante porque nós conseguimos perceber qual o pensamento dos outros segmentos. Eu falo do grande produtor, do médio, do pequeno, com os quais nós poderemos também contribuir do nosso jeito, pensando no coletivo. Nesse diálogo do ABC, eu compreendi qual é o processo, qual é a nossa participação e é muito importante que o governo possa pensar em programas diferenciados. A questão ambiental, a questão social é de todos nós!”, destaca.
Participação social - O engenheiro ambiental e consultor da Sedap, Diego Mendonça, destaca a ampla participação nas oficinas como uma oportunidade de ouvir diversos setores e entender os sistemas produtivos de cada regional.
“A Oficina de Redenção foi finalizada com muitas participações. A gente ficou satisfeito com o resultado e a gente vê as distinções de sistemas e de interesses produtivos dos produtores rurais de cada região. Aqui tem uma centralidade maior na pecuária, então o fomento perpassa pela questão da pecuária sustentável”, revela.
Já em Altamira e Marabá, o consultor destaca a diversidade de público e demandas. “Em Altamira a gente teve um quórum bastante diverso, com participação de associações de produtores rurais da região. Eles cobraram algumas demandas do governo e municipais e participaram ativamente das oficinas. E em Marabá, a gente obteve o maior quórum de participação, com bastante presença de agricultores familiares de vários municípios da região. Uma participação bem efetiva, com valorização do programa e também uma demanda em relação à concretização dele lá na região”, ressalta.
Calendário de oficinas - Essa é a 1ª fase de implementação do Plano ABC+ Pará. As oficinas são voltadas para produtores rurais, cooperativas agrícolas, associações, federações, populações tradicionais, Organizações Não Governamentais, corporações agrícolas, instituições financeiras, empresas privadas, dentre outros. A primeira região a receber a oficina foi Paragominas, no último dia 18. O segundo polo foi Redenção, dia 22. O terceiro a receber a oficina foi Altamira, no dia 25 e o quarto polo foi Marabá, no último dia 27. As oficinas seguem para sua etapa de finalização, em dezembro, no polo de Santarém (03/12/24) e Belém (05/12/24).