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EDUCAÇÃO E CULTURA

Em Mosqueiro, escola estadual celebra a ancestralidade e a diversidade cultural

Iniciativa tem o objetivo de celebrar a cultura e a ancestralidade da população negra, mas também refletir sobre os desafios ainda enfrentados no combate ao racismo

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)
28/11/2024 13h31

A Escola Estadual Honorato Filgueiras, no distrito de Mosqueiro, em Belém, deu início, na noite de quarta-feira (27), à programação “Batuque: raízes afro-indígenas em Mosqueiro, nos caminhos do respeito e da diversidade”. Voltada para os estudantes matriculados e comunidade escolar, a iniciativa tem o objetivo de celebrar a cultura e a ancestralidade da população negra, mas também refletir sobre os desafios ainda enfrentados no combate ao racismo. 

O evento conta com apresentação teatral, de grupo de dança, cinema, mostra de cinema, palestras e desfiles conforme a temática da ação, que são projetos alusivos ao Dia Nacional da Consciência Negra. 

“Nós estamos com a programação da Semana da Consciência Negra, que é uma iniciativa muito importante, porque aborda diversos tipos de trabalho de pesquisa, das artes, da música, da questão da religiosidade, da culinária e de todas as relações que nós temos na nossa sociedade. E os alunos estão tendo a oportunidade de desenvolver pesquisas, trabalhos e apresentar para a comunidade. A programação não se limita aos muros da escola, o trabalho vai acontecer na praça também, possibilitando alcançar mais pessoas”, conta Luciana Martins, professora. 

A região em que a unidade está localizada observa a relação histórica e as influências indígenas e africanas latentes nos bairros, desde a Vila até a Baía do Sol. O maior exemplo disso é o nome da Ilha de Mosqueiro, derivado de “Moqueio", prática indígena Tupinambá de conservação de peixes. 

“Minha turma está responsável pelo tema 'Contribuições indígenas e africanas à sociedade brasileira'. É ótimo eu estar participando dessas atividades, porque estou me envolvendo muito com o tema, principalmente por saber mais sobre as heranças. Uma coisa que aprendi foi que ninguém nasce racista, o termo é uma influência conceitual e ideológica e que todos devem dizer não ao racismo", reforça Raiana Coelho, estudante da 3ª série do Ensino Médio. 

O autor homenageado é Bruno de Menezes, importante escritor, introdutor do Modernismo na Amazônia, que teve destaque no cenário cultural desde a primeira metade do século XX. Além de sua importância literária, Menezes teve sua relevância como liderança em grupos de intelectuais e pelo seu engajamento político-social.