Pará sedia Reunião Nacional da Câmara Setorial de Cacau e Sistemas Agroflorestais
Ao longo do evento, foram destacados os investimentos em tecnologia, a estratégia de criação do Funcacau e ações de combate à monilíase
A 64ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau e Sistemas Agroflorestais ocorreu neste dia 28, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e contou com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (Sedap), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e demais instituições do setor cacaueiro que discutiram políticas voltadas ao desenvolvimento da cacauicultura no Brasil.
Na abertura da solenidade, o assessor especial de Assuntos Estratégicos do Mapa, Roldão Lima Júnior, reforçou que o setor da cacauicultura é uma prioridade do Governo Federal. “Há uma determinação do ministro para ter apego especial a esse setor, porque a nossa produção de cacau é uma referência para o mundo. Criamos uma comissão de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODS) e uma das nossas linhas de ação e planejamento é entender o setor para apresentar políticas públicas não só para a Presidência da República, mas para outros Ministérios também. O setor produtivo da cadeia do cacau será uma das nossas prioridades dentro dos ODS”, revela.
Ações para desenvolvimento do setor cacaueiro no Pará - Ao longo do evento, foram destacados os investimentos em tecnologia, a estratégia de criação do Fundo da Cacauicultura (Funcacau) e ações de combate à monilíase - doença que afeta os frutos do cacaueiro - como pontos positivos para o sucesso do Pará no setor.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário, Giovanni Queiroz, destaca o uso de tecnologias de irrigação como uma das soluções para aumento da produtividade. “Nós estamos investindo muito no aumento da produção. Nós já temos a produtividade de 953 quilos de cacau por hectare, somos o maior produtor do mundo. Existe uma evolução tecnológica que é necessária que seja acompanhada por todo o país onde se planta cacau. Nós estamos agregando a irrigação para termos ganho de produtividade, inclusive de qualidade na produção”, ressalta.
O presidente da Câmara Nacional do Cacau, Guilherme Moura, que também é diretor da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, destacou a criação do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau) como diferencial na política desenvolvida pelo Estado no setor.
“O Pará é um Estado de referência e um exemplo de como uma política pública bem feita, junto com a iniciativa privada, dá certo e impacta na realidade local e nacional. Eu imagino que a principal razão desse crescimento foi a criação do Funcacau. O fundo, quando funciona, transforma muito a cadeia produtiva. Essa experiência do Pará é uma inspiração para a gente trilhar um caminho semelhante. Tenho certeza de que trará um desenvolvimento para a cadeia produtiva na Bahia e no Brasil”, destacou.
Programação da Reunião - A programação contou também com a discussão de temas relevantes, como as ações de prevenção da monilíase, pela Adepará; os investimentos na agricultura familiar, por meio de créditos oferecidos pelo Banco do Estado do Pará (Banpará); e a relação entre a produção primária de cacau e a verticalização, com a Comissão do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Além disso, houve a apresentação da ExpoCacau 2025, conduzida por Guilherme Salata, representante da World Cocoa Foundation (WCF) e a atualização dos dados setoriais e GT regulatório com Ana Paula Losi, da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).
A próxima reunião, a 65ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau e Sistemas Agroflorestais, está agendada para o dia 11 de março de 2025.