Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE PÚBLICA

Hospital Regional Público da Transamazônica é referência em cirurgias complexas

Com profissionais capacitados para procedimentos cirúrgicos e tratamento de feridas graves, o HPRT diminui a necessidade de amputação de membros

Por Governo do Pará (SECOM)
27/11/2024 14h00

A alta demanda por cirurgias no oeste do Pará consolidou o Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), no município de Altamira, como uma importante referência em saúde no Pará. A garantia de qualidade na segurança dos pacientes durante e após as cirurgias é uma das principais metas adotadas por enfermeiros, médicos e demais profissionais da unidade.

Antônio Rodrigues, 75 anos, paciente do Serviço de Hemodiálise, ofertado gratuitamente no HRPT, precisou passar por um "desbridamento cirúrgico" no braço esquerdo, procedimento que consiste em remover células mortas de uma ferida para melhorar a cicatrização.Tânia dos Santos e a equipe multiprofissional do HRAS: alta após 63 dias de internação

“Essa cirurgia foi muito importante porque tinha risco de amputação devido à infecção na região do braço. A equipe médica realizou, ao todo, três procedimentos cirúrgicos, e felizmente o paciente não teve complicações, e permaneceu com o movimento do braço”, esclareceu o médico cirurgião vascular Renan Granato, responsável pela primeira parte da cirurgia.

Após o primeiro procedimento, houve perda de tecido e parte dos tendões ficaram expostos. Por isso, a equipe médica realizou imediatamente a "lipoenxertia", para retirada de gordura de outras partes do corpo para preencher a região prejudicada no braço. Na ocasião, a gordura foi retirada do abdômen. Esta foi a primeira vez que o procedimento ocorreu no Hospital Regional da Transamazônica.Antônio Rodrigues faz hemodiálise e se recupera de procedimentos que preservaram seu braço esquerdo

“Depois a gente cobriu essa ferida com termoplástico. Um procedimento que chamamos de 'técnica de Figueiredo’. Consiste em utilizar, geralmente, um plástico estéril, o qual conseguimos preencher sobre as bordas da ferida. Aí se forma na região da ferida um exsudato, que mantém nutrido os tendões. Nós o deixamos bastante tempo com esse curativo para que surgisse um novo tecido”, explicou o cirurgião plástico Robson Steumschuck, que finalizou o procedimento.

Sem dor - Antônio Rodrigues é paciente fixo do HRPT, onde realiza três sessões de hemodiálise por semana. Sempre acompanhado da filha durante o tratamento, o idoso destacou a importância do Hospital Regional e o carinho que recebeu durante as internações.

“Antigamente, meu braço doía tanto. Eu já não aguentava tanta dor. Tava tudo roxo. Foi aí que eu vim pro hospital. O enfermeiro e o médico olharam e logo me mandaram pra sala de cirurgia. Graças a Deus deu tudo certo. Hoje, eu não sinto dor no braço. Passei por muitas coisas difíceis, mas aqui todo mundo me tratou com amor e carinho. Considero este Hospital a a minha outra casa”, disse Antônio.

Outra paciente que passou por cirurgia foi Tânia dos Santos, 35 anos, vítima de acidente de trânsito em Medicilândia, município da região, a 90 quilômetros de Altamira. Ela teve fratura exposta de tíbia e fíbula, ossos da perna. Devido à infecção grave, Tânia correu o risco de amputação.

“Foi um momento muito difícil para mim. Todas as enfermeiras daqui me ajudaram e me deram força. Eu fiquei com muito medo, pois antes me disseram que eu poderia ter a perna amputada porque a ferida era muito profunda. Graças a Deus tudo ocorreu bem e continuo com a minha perna”, disse Tânia.

A interação entre Centro Cirúrgico, Clínica Cirúrgica e Comissão Feridas Hospitalar mudou o quadro de saúde da paciente. Com evolução na cicatrização e o procedimento "técnica de Enxertia", Tânia voltou para casa antes do previsto.

“A Comissão de Feridas atua em todo o Hospital. Nós realizamos a busca ativa no Pronto Atendimento e nas demais unidades, diariamente. Enfermeiros assistenciais ou médicos acionam a Comissão de Feridas para realizar o acompanhamento. Também realizamos tratamento com curativo a vácuo no pós-operatório, e também nas clínicas. Com certeza, isso diminui os riscos de amputação”, informou a presidente da Comissão de Feridas, enfermeira Elda Oliveira.

Equipe Médica e de Enfermagem no Centro CirúrgicoEspecialidades - Atualmente, a unidade oferta mais de 13 especialidades na área cirúrgica, como Cirurgia Plástica, Neurocirurgia, Otorrinolaringologia, Ortopédica, Pediátrica e Vascular. Desde o início desde ano, o Hospital Regional da Transamazônica já realizou mais de 3.485 procedimentos. O mês de julho registrou o maior número - 420.

“Nós atendemos pacientes para cirurgias de urgência e eletivas. Grande parte dos pacientes eletivos é de cirurgia geral. Já os pacientes de urgência são vítimas de acidentes de trânsito, em sua maioria, voltados para a especialidade da Ortopedia. Os mais comuns são fraturas de tíbia e fêmur. Recebemos pacientes de várias cidades da região e, com certeza, isso torna a nossa unidade uma referência”, explicou a coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico, Yara Gomes.

O Hospital Regional Público da Transamazônica fica localizado em Altamira, principal município da Região de Integração Xingu, na área de abrangência da Rodovia Transamazônica (BR-230) no Pará. Atende moradores de nove municípios, que juntos somam mais de 500 mil habitantes. A unidade é gerenciada pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Jonas Ribeiro - Ascom/HRPT