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Consciência Negra: Emater reforça atendimento de quilombolas de Irituia

Escritório local de Irituia, no Rio Capim, intensificou o cronograma de atendimento ao território quilombola Santa Terezinha, na 'Belém-Brasília'

Por Ascom (Ascom)
21/11/2024 09h18

Inerente à I Semana da Consciência Negra, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) promove ações, desde 18 de novembro até a próxima segunda-feira (25), em todos os 144 municípios paraenses. O escritório local de Irituia, no Rio Capim, por exemplo, intensificou o cronograma de atendimento ao território quilombola Santa Terezinha, no km 29 da rodovia BR- 010, mais conhecida como a Belém-Brasília.

As principais atividades na Comunidade, onde vivem 80 famílias, são apicultura, de abelhas com ferrão e foco em mel; horticultura sem agrotóxicos, com destaque para cheiro-verde e couve; criação de galinha-caipira, extrativismo de açaí e plantio e beneficiamento de mandioca, a fim de farinha d’água.

O ponto alto da programação da Emater realizou-se na terça-feira (19), com a entrega de oito cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs). Os outros 72 devem ser entregues ao longo de dezembro.

As demais metas incluem emissão do cadastro ambiental rural (car) quilombola, de registro coletivo, no primeiro semestre de 2025, e encaminhamento imediato para o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), vinculado ao Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), política do governo federal executada no Pará com a colaboração do Governo do Estado.

De acordo com a equipe da Emater, os recursos do Minha Casa, Minha Vida servirão sobretudo à construção de casas de alvenaria aos núcleos de casamento e filhos das novas gerações. 

“Identificamos um déficit de documentação-base na Comunidade. Há pessoas sem certidão de nascimento, sem cpf [cadastro de pessoa física]. Uma das atuações da Emater é juntar esforços com a Prefeitura para que essa cidadania seja satisfeita, no rigor da plenitude de direitos. O caf, para o agricultor familiar quilombola, é a porta para qualquer política pública: crédito rural, auxílio-maternidade, aposentadoria”, explica o chefe do escritório local da Emater em Irituia, Henrique Ferro Cristo, engenheiro agrônomo e especialista em Apicultura e em Culturas Tropicais. 

Em relação a crédito rural, a Emater também planeja para o ano que vem projetos que incentivem a cadeia produtiva de mandioca, manejo de açaizais nativos e cultivo de sistemas agroflorestais (safs) a partir de açaí, banana, cacau e cupuaçu. A parceria será com o Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil (BB) e Banco do Estado do Pará (Banpará).

Texto de Aline Miranda