Hospital Ophir Loyola divulga conquistas do tratamento de transplante autólogo de medula óssea no Pará
Dez pacientes já passaram pelo procedimento no hospital. Dados foram apresentados em mesa-redonda no I Congresso Amazônico de Oncologia
Referência em atendimento oncológico no Pará e estados vizinhos, o Hospital Ophir Loyola (HOL) é o primeiro da rede pública estadual a realizar o transplante autólogo de medula óssea, que é quando o tratamento é feito com a medula do próprio paciente. As conquistas do procedimento já executado com sucesso em dez pacientes, desde 2023, no estado, foram divulgadas em uma mesa-redonda no I Congresso Amazônico de Oncologia, promovido pelo HOL, nesta sexta-feira (15), no no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.
Atualmente, cerca de 90% da demanda oncohematológica do Pará é assistida pelo Hospital Ophir Loyola, que é pioneiro na região Norte neste procedimento pelo SUS.
Thiago Xavier, médico“Isso aconteceu realmente por toda a organização administrativa e técnica da equipe de hematologia, que conseguiu essa vitória para os pacientes. O transplante de medula óssea não é uma opção, é uma obrigação. A gente trabalha para otimizar a estrutura, para fornecer esse serviço para toda a nossa região. O nascimento do transplante foi fundamental e a gente já está salvando vidas, ajudando muita gente. Mas o que a gente está fazendo agora não é o suficiente. A meta que temos agora são investimentos estruturais dentro do transplante de medula óssea para que esse serviço fique maior e consiga atender realmente todo o estado”, ressaltou Thiago Xavier Carneiro, médico hematologista, responsável técnico pelo serviço de transplante de medula óssea do HOL.
Sobre o tratamento - O transplante autólogo de medula óssea é um procedimento no qual o próprio paciente é o doador das células-tronco hematopoiéticas. É indicado para o tratamento de algumas doenças, como o mieloma múltiplo. Este tipo de transplante é semelhante a uma transfusão de sangue e não é um procedimento cirúrgico.
Rosana Moreira, coordenadora de enfermagem do complexo hematológico do HOL destacou os investimentos e as conquistas da equipe médica, que tornaram o procedimento possível.
Rosana Moreira, enfermeira “Foi um trabalho árduo para implantar o transplante autólogo de medula óssea, mas em 2023 a gente conseguiu ter esse êxito. E assim, desde lá a gente conseguiu várias vitórias, como informatizar o sistema, isso é algo novo que vai ocorrer na semana que vem. A gente está participando de um PROADI (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde), a gente melhorou a equipe multiprofissional. Então, os pacientes são bem assistidos com a nossa equipe”, pontuou a especialista.
Sobre o congresso - Com o tema central "Desafios Tecnológicos e Inovação - Ensino, Pesquisa e Assistência", o I Congresso Amazônico de Oncologia, promove, entre os dias 14 a 16 de novembro, um espaço de divulgação de pesquisas científicas desenvolvidas no HOL e em outras instituições do Estado, para debater e disseminar conhecimento científico multidisciplinar nas áreas de referência de alta complexidade, com a presença de especialistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil.
No encontro, os mais de 2 mil congressistas inscritos estão tendo acesso a minicursos, jornadas, painéis, simpósios, mesas-redondas e cerca de 220 palestras. O congresso também traz uma exposição do legado de 112 anos do Hospital para a população paraense.